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​ Superlotação em cadeias do estado é discutida em assembleia

Da redação

| Edição de 20 de junho de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Situação da cadeia de Ivaiporã foi apresentada durante encontro na Alep

O delegado da 54ª Delegacia de Polícia Civil de Ivaiporã, Gustavo Dante, participou anteontem, na Assembleia Legislativa do Paraná, de audiência pública que discute a superlotação das delegacias do Estado.
 O delegado explicou aos membros da mesa de honra que as tentativas e fugas são constantes, desde 2013, quando passou a trabalhar no município. 
“Acredito que a carceragem da Delegacia de Polícia Civil de Ivaiporã é uma das piores do Paraná, porque há 172 presos, quando a capacidade é para 42 detentos”, lamentou o delegado, lembrando que a delegacia sob seu comando já foi alvo de um documentário francês. 
“A Policia Civil carrega um fardo que não é seu. Nossa missão é investigar, não cuidar de presos”, comentou o delegado que lembrou também do apoio do município no socorro aos detentos.  “Sempre enviaram caminhões com concreto usinado para tapar os túneis cavados por presos”, destaca.
A audiência pública foi realizada  atendendo requerimento apresentado pelo deputado Ricardo Arruda (PSL)  e contou com a participação dos deputados estaduais Rubens Recalcatti (PSD) e Fernando Scanavaca (Podemos). Ricardo Arruda reconheceu que a situação é grave – e generalizada no Estado, o que coloca em risco a sociedade.
O secretário de Estado de Administração Penitenciária, coronel Élio de Oliveira Manoel, citou falhas no sistema prisional brasileiro e políticas equivocadas que ignoram os presos. Conforme o coronel Élio Manoel, a maioria dos detentos não tem estrutura familiar, educação ou emprego. Por isso, eles recorrem ao crime. 
O coronel Élio Manoel exemplificou algumas medidas tomadas pelo governo, que contratou policiais, abriu vagas no sistema prisional e desenvolveu projetos que resultaram em 14 obras licitadas, em 2016, e 3 em processo de execução em Campo Mourão e Piraquara. Segundo ele, 8 licitações devem ser feitas este ano.(EDITORIA DE CIDADES)