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Alta nos preços não desacelera venda de veículos na região

DA REDAÇÃO

| Edição de 21 de outubro de 2020 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Preços até 7% maiores e prazos de até 90 dias para entregas de carros zero quilômetro não estão afastando os clientes das concessionárias de veículos da região, que já fazem lista de espera para compradores. Alta procura por seminovos também já está diminuindo os estoques das lojas. 

De acordo com Lilian Melhado, gerente de uma revenda de veículos em Apucarana com lojas em toda a região, a procura por veículos nunca esteve tão grande. “Percebemos que nos últimos 60 dias a demanda pelos veículos têm aumentado consideravelmente, a ponto de as montadoras não conseguirem suprimir os pedidos. Nossos clientes estão aguardando de 60 a até 90 dias pela chegada do carro novo”, conta. 
Lilian acredita que a indústria não estava preparada para uma procura tão grande em plena pandemia e a falta de matéria-prima tem impacto direto neste cenário. “A matéria prima da indústria em geral está mais cara e mais escassa, fazendo com que os preços aumentem. No nosso caso, os carros novos estão em média 5% mais caros. Mesmo assim, não faltam clientes e já temos cerca de 50 pedidos na fila, aguardando a chegada do veículo”, revelou. 
Alessandro Santos, gerente de uma revenda de veículos com lojas em Apucarana, Arapongas e Ivaiporã, também comemora a boa fase do setor. “O aquecimento das vendas começou a cerca de 90 dias e está se mantendo, mesmo com uma alta de até 7% nos preços dos veículos da marca. “Nossa expectativa é de um aumento nas vendas ainda maior até dezembro. A agricultura forte da nossa região que gerou lucros como há muito tempo não se via, aliada a uma das menores taxas de juros já praticadas aqueceu o mercado, principalmente em relação aos veículos mais caros. Os modelos mais procurados hoje na loja custam de R$ 80 mil a R$ 200 mil, e já tenho lista de espera com mais de 30 pedidos para entrega até dezembro”, afirmou o gerente. 
De acordo com Santos, os veículos seminovos também estão com preços em alta, até 12% mais caros. Mesmo assim, também já estão em falta no pátio. “Os seminovos estão vendendo mais que os novos. Geralmente trabalhamos com até 90 veículos desta categoria no estoque da loja. Hoje eu tenho apenas 13 e os clientes não param de comprar”, garante. 
Dono de uma loja de veículos seminovos em Apucarana, Vinicius Cazangi conta que já está com falta de veículos no pátio e tem lista de espera de compradores. “Estou vendendo 11 carros por semana em média. Em 3 dias, estou vendendo o que levava 15 dias para vender. E para repor o estoque está difícil, pegar de concessionária por exemplo, a espera é de no mínimo 45 dias. A taxa de juros acessível aqueceu muito esse mercado e a tendência é melhorar ainda mais até o final do ano”, explicou.