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Após morte de médico, regionais reforçam alerta sobre contaminação

DA REDAÇÃO

| Edição de 12 de agosto de 2020 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Após a morte por coronavírus do neurocirurgião de Ivaiporã, Lucas Pires Augusto, de 32 anos, no sábado (8), a 16ª e 22ª Regionais de Saúde reforçam a importância dos cuidados para evitar contaminação de profissionais da linha de frente do combate à doença. Além do neurocirurgião, a região também registra outro óbito de profissional da saúde por Covid em São João do Ivaí. O farmacêutico Luiz Sakamoto, 61 anos, morreu em abril e foi a primeira vítima da pandemia no município. 

Em Apucarana, o chefe da 16ª RS, o médico Altimar Carletto, diz que apesar de não ter registrado morte de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, além de outras pessoas que integram a linha de frente, os cuidados para evitar a infecção devem permanecer. “Todos esses profissionais receberam treinamento, são qualificados e foram capacitados para atender pacientes com Covid-19”, explica.
O médico diz que além dos treinamentos e capacitações, os profissionais também recebem equipamentos de cuidado pessoal, como máscara, jaleco, proteção para os pés descartáveis, escudo facial, álcool em gel e líquido, entre outros. “Dentro das Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) e em salas de repouso, por exemplo, a carga viral é grande. Nesses locais é preciso ter cuidado redobrado. Outro momento que precisa de atenção redobrada é na desparamentação, ou seja, na retirada dos paramentos”, ressalta.
Em Ivaiporã, a chefe da 22ª RS, Eleane Rother, lamenta a morte do médico. “Da nossa saúde somente o doutor Lucas veio a óbito. Uma perda irreparável, além de ótimo profissional, ouvi várias pessoas falarem da parte humanitária dele, com uma vida inteira pela frente. Lamentável”, complementa.
Eleane reforça a importância do uso de equipamentos de proteção individual e diz que foram feitas orientações de acordo com as notas técnicas Sesa e do Ministério da Saúde. “Para que esses profissionais da linha de frente possam se proteger, fornecemos os equipamentos de proteção individual. Alguns treinamentos não foram realizados devido à falta de tempo hábil. Tudo o que recebíamos de notas técnicas encaminhávamos aos hospitais e Unidades Básicas de Saúde dos municípios”, reforça. (FERNANDA NEME)