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Apucarana instala quase mil rampas para deficientes físicos nas calçadas

Da Redação

| Edição de 05 de dezembro de 2016 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Os deficientes físicos de Apucarana estão ganhando rampas de acessibilidade nas principais ruas da área central e também em importantes vias de ligação de bairros. O trabalho de adequação das calçadas começou na semana passada pela Rua Nabig Daher e complementa as obras de recape realizadas desde agosto com recursos do Programa Paraná Urbano, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano (Sedu), que preveem investimentos de R$ 6 milhões.

Imagem ilustrativa da imagem Apucarana instala quase mil rampas para deficientes físicos nas calçadas

O secretário Municipal de Obras, Herivelto Moreno, explica que a construção de rampas de acessibilidade é uma exigência do contrato assinado entre a prefeitura com o Paraná Urbano. No total, estão previstas 970 rampas. O trabalho é realizado pela empresa vencedora da licitação para o recape. O prazo para conclusão das obras – incluindo a recuperação do asfalto - é março de 2017. Herivelto afirma que é a primeira vez que o município realiza um trabalho desse porte na acessibilidade de ruas. “Essa exigência em contrato representa um avanço para os deficientes físicos”, assinala.
A construção das rampas vai atender todas as ruas contempladas pelas obras, viabilizadas pelo Programa Paraná Urbano de Recape de Vias, da Sedu. No total, segundo Herivelto Moreno, são 27 quilômetros recuperados em 39 trechos da área central e de vias de interligação. Essas ruas estão ganhando uma capa asfáltica em Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ).
Herivelto Moreno observa que a intenção é discutir com o prefeito Beto Preto (PSD) a extensão dessa exigência de incluir rampas de acessibilidade em todas as obras futuras de recape, até mesmo as realizadas com recursos municipais. “Vamos discutir isso com o prefeito (Beto Preto)”, afirma.
Para o presidente da Associação dos Deficientes Físicos de Apucarana (Adefiap), Paulo Antônio das Silva, as rampas de acessibilidade vão melhorar a mobilidade não só de cadeirantes, mas também de idosos e mães que utilizam carrinhos de bebê. “Este tipo de investimento é fundamental ao que tange à acessibilidade, porque trará maior segurança no manuseio da cadeira de rodas, por exemplo. O cadeirante não consegue transpor o meio-fio com segurança”, comenta.
Além das rampas de acessibilidade nas esquinas, Silva frisa que também é importante que as pessoas tenham consciência de evitar deixar obstáculos nas calçadas, como cavaletes, banners e móveis. “Outro fator que complica o ir e vir de pessoas com dificuldade de mobilidade é o desnível das calçadas”, observa.
Por outro lado, ele avalia que a iniciativa de construir essas rampas é um avanço na administração e também da sociedade. “Hoje em dia, as pessoas e os gestores estão mais conscientes quanto à necessidade de meios que permitam o acesso de todos”, pontua. (COM INFORMAÇÕES, VANUZA BORGES)