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Apucarana registra três denúncias por semana por descarte de lixo

CINDY SANTOS APUCARANA

| Edição de 15 de novembro de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O descarte irregular de lixo e entulho é um crime praticado com frequência em Apucarana. De janeiro a outubro deste ano, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema) recebeu 125 denúncias, uma média de três por semana. Chama a atenção que 75% do lixo descartado no município este ano tem origem industrial e 25%  origem doméstica.  

De acordo com o secretário de Meio Ambiente Sérgio Bobig, a maior parte dos resíduos é proveniente da indústria têxtil. Na maioria dos casos, a autoria do crime ambiental não é identificada. “A maioria dos resíduos são silk screen de facções da cidade. Mas é difícil identificar de onde é exatamente e a prefeitura acaba tendo que gastar para destinar os resíduos ao aterro industrial”, afirma. 
Além dos trabalhos de conscientização ambiental desenvolvidos em escolas, a prefeitura também tenta obrigar as empresas a destinarem corretamente o lixo produzido por elas. “Durante a renovação do alvará estamos requisitando que a empresa comprove com documentação para onde o lixo está sendo destinado”, assinala. 
Se caso for constatada alguma irregularidade, a Sema pode aplicar multa que varia de R$ 70 a R$ 7 mil. “Muitos empresários não dão a destinação correta aos resíduos porque isso envolve custos. Porém, destinar o lixo ao aterro industrial sai mais barato do que ser multado”, alerta. 
Outro crime ambiental recorrente é o descarte de lixo doméstico, sobretudo em terrenos baldios e fundos de vale. O crime ocorre mesmo com 100% de cobertura da coleta de lixo na cidade. “Temos coleta de lixo na cidade toda. Não entendo como a pessoa se dá o trabalho de sair de casa e gastar combustível para jogar o lixo numa estrada rural, se poderia simplesmente colocar na frente da casa para o lixeiro recolher”, analisa. 
Além de lixo doméstico e industrial, em algumas localidades é possível encontrar até móveis abandonados. O secretário informa que a prefeitura faz a coleta e dá a destinação correta aos móveis. “Se tem sofá, guarda roupa, qualquer móvel, coloca na frente de casa e liga para prefeitura e a gente vai e recolhe. É só entrar em contato e informar o endereço”, informa.
No comparativo com o mesmo período do ano passado,  o número de denúncias registrou queda de 10,7%. Foram 140 denúncias no mesmo período de 2018, contra as 125 deste ano.