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Avanço do Covid entre jovens gera alerta em Apucarana

DA REDAÇÃO

| Edição de 31 de julho de 2020 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Os números da pandemia do novo coronavírus em Apucarana têm chamado a atenção pelo maior e crescente percentual de casos entre os jovens. Dos 600 registros da doença no município até ontem, 264 estão na faixa etária entre 20 e 39 anos, o que representa 44% do total. 

O prefeito Junior da Femac alerta que é preciso que as pessoas destas faixas, principalmente de 20 a 39 anos, se conscientizem acerca do risco. “Não são apenas os mais idosos que estão sendo acometidos pelo vírus e enfrentando um risco maior de complicações e até de morte”, chama atenção o prefeito Junior da Femac. 
Segundo o prefeito Junior da Femac, o avanço dos diagnósticos entre os jovens preocupa, já que as pessoas mais novas podem levar a doença para casa, infectando idosos ou familiares com comorbidades. Ele também mostrou preocupação com a realização de festas clandestinas em chácaras, que estão sendo alvo de fiscalização das polícias.
“As pessoas não podem perder o foco. Não é o momento de fazer festa. É preciso usar a máscara, lavar as mãos e ficar em casa quando possível. Somente assim vamos passar por essa fase difícil”, completa.
O diretor presidente da Autarquia Municipal de Saúde, Roberto Kaneta, relaciona 4 fatores que influenciam diretamente no contágio desta faixa etária de 20 a 39 anos. “O primeiro é o fator biológico pela grande possibilidade dessas pessoas já terem sido contagiadas por algum outro tipo de coronavírus (são 7 tipos que provocam síndromes gripais não graves) que reduzem a imunidades e facilita o contágio deste novo coronavírus”, explica.
O outro fator, prossegue Kaneta, é o social pelo fato das pessoas dessa faixa etária participarem de eventos sociais, festas, ocasiões em que o risco de contágio é maior. “O fator profissional também contribui, pois muitos trabalhadores da saúde possuem essas idades e têm apresentado alta contaminação. E ainda é preciso considerar o fator saudável, ou seja, pessoas que têm esse conceito de si próprias e não respeitam o isolamento, distanciamento, não seguem as recomendações de higienização das mãos e uso de máscara”, complementa Kaneta.