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Calor leva a consumo recorde de água e Sanepar não descarta rodízio

DA REDAÇÃO

| Edição de 09 de outubro de 2020 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Apucarana registrou nesta semana as temperaturas mais altas dos últimos 21 anos (ver matéria nesta página). O calor excessivo tem gerado também consumo recorde de água. Segundo a Sanepar, o município tem alcançado – em determinados momentos – demanda 48,5% maior que a media. Por conta do quadro, aliado à queda de vazão dos mananciais causada pela crise hídrica, a empresa já não descarta a implantação de rodízio de abastecimento.
O consumo médio de água em Apucarana, segundo a Sanepar, é de 1.178 m³ por hora. Nos picos registrados nos últimos dias, o consumo chegou a 1.750 m³/hora, ou seja, 572 mil litros a mais por hora. “Nunca observamos um consumo nesse nível. Isso mostra que o consumidor está desperdiçando, consumindo de modo fora do comum ”, afirma o gerente regional da Sanepar, Luiz Jacovassi.
Ele destaca que a situação gera mais alerta por conta da queda na vazão dos mananciais. Os rios Caviúna e Pirapó, responsáveis por 70% do abastecimento da cidade estão com uma redução de 10% no nível. Já  os poços artesianos, que abastecem o restante da cidade, estão sentindo mais a estiagem. “Nos poços, estamos registrando uma queda de 30% no nível”, comenta.
O gerente da Sanepar admite que a situação é preocupante e pode se tornar crítica se a estiagem e as altas temperaturas persistirem. “Neste momento não estamos cogitando rodízio, mas não desconsideramos a possibilidade de adotar essa medida. Se a falta de chuva continuar e o calor persistir isso pode ser adotado sim”, comenta.
Segundo ele, a Sanepar tem apressado obras e investimentos para amenizar o problema. Entre as medidas tomadas estão a operacionalização de mais três poços artesianos - incluindo o poço 28, localizado na região do Lahgo jaboti, a implantação de nova elevatória no pátio do poço do Country e a ampliação do sistema Raposa. Segundo ele, a curto prazo, cinco novos poços que vão ampliar em aproximadamente 25% a produção de água serão colocados em operação. (COLABOROU CIN DY SANTOS)