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Cesta básica fica 4,91% mais barata na região de Ivaiporã

Ivan Maldonado

| Edição de 05 de julho de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O preço dos 26 alimentos mais consumidos no Vale do Ivaí e que integram a cesta básica tiveram queda de 4,91% no primeiro semestre de 2019. As informações são do Departamento de Economia Rural (Deral), que faz um acompanhamento periódico dos produtos. Apesar da queda no semestre, no acumulado dos 12 meses, o aumento é de 6,8%. 
Se em janeiro, o consumidor gastava R$ 207,91 para comprar os produtos pesquisados, na primeira quinzena de junho,  ele desembolsou R$ 197,70. Uma diferença de R$ 10,21. No ano, entretanto, o aumento foi de 6,28%. Em 2018, no mês de junho o consumidor tinha de desembolsar R$ 186,01 para comprar os mesmos produtos.  
Dos 4 grupos de produtos pesquisados no semestre, dois  registraram alta, o das carnes, que teve aumento de 0,99% e o de frutas e hortaliças, que ficaram 1,22% mais caros. 
Os produtos de grãos, de outro lado, registrou queda de 12,05%. Outra redução expressiva foi registrada no grupo de derivados do leite, de 8,87%, com destaque para o leite em pó (400 gr), que passou de R$ 12,95 para R$ 9,69. 
No grupo frutas e hortaliças, a maçã foi o produto que apresentou maior queda nos últimos seis meses. Em janeiro a maçã nacional estava supervalorizada, sendo comercializada em média por R$ 7,49 o quilo. No mês passado, o quilo saiu R$ 2,49. 
O agrônomo do escritório do Deral de Ivaiporã, Sérgio Empinotti, relata que a supervalorização da maçã no início do ano decorreu do baixo estoque. “Os produtores tiveram problemas de armazenagem, muitas frutas apresentaram problemas de qualidade, o que limitou  a disponibilidade para o comércio”, comenta. 
Com relação ao recuo de preços no varejo nos derivados de leite, segundo Empinotti, a redução ocorre devido à dificuldade dos laticínios escoarem a produção. “Para o início deste mês de julho, a tendência é que o mercado continue baixo, principalmente por causa das férias escolares”, relata Empinotti. 

CRISE FINANCEIRA
Para Júlio Ribeiro, gerente de um supermercado em Jardim Alegre, a crise financeira é um dos motivos para a queda nos preços dos produtos no primeiro semestre. “Isso ocorre devido ao poder de compra do cliente, que está menor. Nos últimos anos os reajustes na energia elétrica, na água, nos impostos, na mensalidade da escola são bem maiores que o reajuste do salário ”, comenta. 
Ainda segundo Ribeiro, com o consumo menor, fornecedores e as indústrias estão realizando promoções para poder vender a produção que continua alta. “Exemplo disso, são as indústrias de leite, o preço de tabela é R$ 2,70. Para conseguir um preço melhor compramos um volume  e assim conseguimos manter o preço bem abaixo da tabela”. 
A professora Luzia Ciscati Souza conta que  tem pesquisado bastante antes de ir às compras. “Sempre procuro onde é mais barato. Carne, por exemplo, só compro aqui porque é muito mais barato que outros mercados. Também fico de olho nas promoções semanais, geralmente nas terças e quartas, então é quando eu faço minhas compras”.