CIDADES

min de leitura - #

Em crise, Prodasa ingressa com pedido de recuperação judicial

DA REDAÇÃO

| Edição de 22 de janeiro de 2021 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

Fique por dentro do que acontece em Apucarana, Arapongas e região, assine a Tribuna do Norte.

A crise envolvendo a empresa araponguense Prodasa Alimentos ganhou mais um capítulo nesta semana. A empresa, que vem enfrentando uma crise financeira, ingressou anteontem com pedido de recuperação judicial junto a 1ª Vara Cível de Arapongas.

Nesta semana, os trabalhadores da empresa, que atua há anos no ramo da alimentação, retomariam ao trabalho após greve deflagrada por 28 dias. Contudo, de acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação de Arapongas (STIAAR) Anderson Zanelato, sem quitar os atrasados previstos no acordo, a empresa teria começado a realizar demissões ontem. Os funcionários estariam sendo avisados através de mensagens de WhatsApp. A linha de produção também foi paralisada na última terça-feira, após ter a energia cortada.
“Recebi informações de pelo menos 100 funcionários, a maioria deles que fizeram parte do movimento de greve, sendo demitidos através de mensagens do WhatsApp. As rescisões começam na semana que vem”, revelou Zanelato. 
No último dia 15, a greve que começou no dia 18 de dezembro, foi encerrada após os funcionários aceitarem a proposta da empresa de receber o pagamento de dezembro na segunda-feira (18) e parcelar o 13º em 3 vezes, a partir do dia 25/01. Porém, a empresa não cumpriu com o combinado. O acordo vinha sendo costurado com acompanhamento da Justiça do Trabalho. 
“A empresa está parada, e desde terça-feira a energia elétrica foi cortada. Por essa razão, não vemos porque continuarmos concentrados, em greve lá na frente. Na terça-feira (19), o sindicato executou o acordo acordado entre a empresa e os funcionários. Como o pagamento não foi feito, existe uma cláusula penal de 50% que deverá ser pago a mais para os funcionários. Nossa expectativa está agora na decisão do juiz que acompanha o caso”, explicou o sindicalista. 
A reportagem tentou contato com a empresa por telefone, porém, ninguém atendeu as ligações. Fundada da década de 60, a empresa é uma das mais antigas instaladas em Arapongas e tem mais de 400 funcionários.