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Exportações da região registram queda de 31,2% em 2018

Renan Vallim

| Edição de 15 de agosto de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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As exportações na região fecharam em pouco mais de US$ 71,6 milhões no período entre janeiro e julho, de acordo com dados disponibilizados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. O valor é 31,2% mais baixo do que o registrado no mesmo período do ano passado. Na época, o valor exportado em produtos havia ficado em US$ 104,2 milhões.

O economista do campus de Apucarana da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), Rogério Ribeiro, afirma que, além da crise econômica do país, a queda nas exportações se dá também por outros dois fatores. 
“O primeiro é a instabilidade econômica internacional, provocada em boa parte pela ‘guerra comercial’ iniciada pelos Estados Unidos, que afeta tanto o Brasil quanto os principais países que recebem nossos produtos. Outro fator é a nossa incerteza econômica, pois não sabemos quem vai ganhar a eleição deste ano e, tampouco, qual política econômica será implantada no Brasil, trazendo insegurança aos investidores”, diz.
Segundo ele, as perspectivas futuras não são boas. “Segundo órgãos especializados, tudo indica que as exportações vão continuar caindo, tanto por fatores internos quanto externos”, ressalta.
De acordo com o Ministério, nove municípios da região realizaram comércio com outros países nestes sete primeiros meses de 2018. O maior volume é de Arapongas, que exportou um total de quase US$ 29,4 milhões, valor 20% menor do que em 2017, que registrou R$ 36,7 milhões em vendas para o exterior.
Deste total, 66% é composto por móveis, o que equivale a US$ 19,5 milhões. Na sequência, com 7,1%, aparece o comércio de glândulas para fins terapêuticos, que movimentou US$ 2,1 milhões. Com US$ 2 milhões, ou 7%, estão as plantas voltadas para perfumaria, medicina ou pesticidas.
Em Apucarana, a movimentação registrada no período foi de US$ 20,2 milhões, valor 44,9% menor do que os US$ 36,7 milhões de 2017. Dos produtos mais exportados no município, o principal destaque fica por conta do couro, com 48% do total exportado, o que equivale a US$ 9,6 milhões. Em seguida aparece as farinhas de cereais (exceto trigo), com uma movimentação de US$ 4,6 milhões, ou 23%, e depois os tecidos de algodão, com 11%, ou US$ 2,2 milhões.
O maior índice de redução foi registrado em Jardim Alegre, que viu suas exportações caírem 97,7%. O valor passou de US$ 119,1 milhões para US$ 2,7 milhões. 

CRESCIMENTO
Apenas Califórnia e Mauá da Serra aumentaram as vendas para o exterior. No primeiro município, o valor passou de US$ 3,4 mil para US$ 22 mil, alta de mais de seis vezes. Já no segundo, passou de US$ 92,4 mil para US$ 770,9 mil, aumento de oito vezes.