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Justiça no Bairro realiza 300 perícias em Apucarana

Vanuza Borges

| Edição de 10 de novembro de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Cerca de 300 perícias foram realizadas entre ontem e anteontem na unidade do Serviço Social do Comércio (Sesc) durante a realização do programa “Justiça no Bairro”, promovido pela Tribunal de Justiça do Paraná (TJ/PR). Cerca de 90% dos atendimentos correspondiam a ações contra o Seguro por Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT). 
Uma das pessoas atendidas durante o mutirão foi o aposentado Osmar do Nascimento, de 72 anos. Ele sofreu um acidente de moto no dia 1º de setembro de 2016. “Com a batida, eu quebrei o pé, a mão e tive duas lesões na coluna”, revela. Apesar da gravidade do acidente, o aposentado não recebeu o valor integral do seguro. “Não deu nem para pagar 10% dos gastos que tive com medicação”, calcula.
Por este motivo ele abriu uma ação contra o DPVAT e ontem conseguiu fazer a perícia que precisa para ter um novo parecer. “Ficou decidido um novo valor, mas o seguro poderá recorrer da decisão. Espero que não recorra, senão vai parar tudo de novo”, diz.
Diferente de Nascimento, o conferente de carga Marcos Ribeiro de Souza, 49 anos, não conseguiu uma decisão favorável. Ele também sofreu um acidente de moto e fraturou o antebraço. “Recebi 25% do valor do seguro, mas não foi suficiente para o pagamento dos gastos que tive, mas, infelizmente, não consegui reaver essa decisão. Eu estou pensando em recorrer, porque foi muito pouco”, avalia.
A desempregada Jamile Ribeiro de Oliveira Félix, 26, também passou pela perícia ontem, mas não conseguiu reaver a decisão. “Vou recorrer, porque no acidente que sofri de moto quebrei a canela, tornozelo e fêmur”, relata.
A juíza Renata Bolzan Jauris, responsável pela 2ª Vara Cível, avalia que a inciativa é exatamente positiva, para que os processos avancem. “Quatorze médicos trabalham nas perícias e, logo depois, já é feita a audiência. A pessoa já sai daqui com a sentença do processo. Esse programa, que já faz parte das iniciativas do Tribunal de Justiça todos os anos, ajuda a ‘desafogar’ as ações e também a reduzir o tempo de espera por uma perícia”, diz.  (VANUZA BORGES)