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MP interroga mais 12 suspeitos de furar fila da vacinação contra Covid

DA REDAÇÃO

| Edição de 15 de outubro de 2021 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O Ministério Público (MP) de Apucarana interroga hoje, 12 pessoas  supostamente beneficiadas com aplicação de vacinas contra a Covid-19 no caso da falsa técnica de enfermagem Silvana Del Conte, que desviou imunizantes da rede municipal de saúde. Ontem foram ouvidas Silvânia e duas testemunhas de defesa dela. 

De acordo a promotora Fernanda Lacerda Trevisan Silvério, titular da 2ª Promotoria de Justiça, o processo do servidor afastado, Luciano Pereira, foi desmembrado do caso. “Na quarta-feira ouvimos testemunhas de acusação, porém, algumas não compareceram e eu insisti na inquirição delas, então, o juiz Oswaldo Soares Neto desmembrou o processo em relação ao servidor público, que deve correr separado, e acredito que, em relação a falsa enfermeira e os demais, que a instrução deve ser concluída nesta sexta-feira. Depois vamos preparar as alegações finais e vem a sentença”, explicou. 
Segundo a promotora, este é um processo muito extenso, que tem muitas informações para análise e será necessário confrontar todas essas informações. “A expectativa é que nesta sexta seja concluída a instrução em relação às pessoas beneficiadas com aplicação de vacina por Silvânia. Em relação ao servidor, o processo ainda vai seguir porque precisamos ouvir outras testemunhas”, explica. 
A ‘falsa enfermeira’ foi presa no dia 15 de maio deste ano. O servidor investigado foi afastado das funções no mesmo dia.

SINDICÂNCIA DA AMS
A sindicância instaurada pela Autarquia Municipal de Saúde (AMS) de Apucarana para apurar as denúncias de fraude durante a vacinação contra a Covid-19 na cidade foi encerrada no dia 15 de julho. O documento foi entregue ao então presidente da AMS Roberto Kaneta, que, em sua decisão final, definiu que seria aberto processo administrativo disciplinar contra um servidor investigado.
O procurador jurídico da AMS Terence Penharbel explica que a comissão designada para dar andamento aos trabalhos deve realizar a primeira reunião hoje. “Por decisão da autoridade julgadora, foi aberta um processo administrativo disciplinar, a comissão designada deve se reunir nesta sexta-feira, fazer a primeira reunião e a ata de deliberação para começar os trabalhos. O processo administrativo segue em sigilo”, disse. 
Os trabalhos da sindicância foram iniciados no dia 14 de maio, e prorrogados em junho. Durante os 60 dias, 28 pessoas foram ouvidas ao todo, entre servidores municipais, ex-servidores e representantes de uma casa de repouso citada no caso.