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Número de transplantes de córneas sobe mais de 62% nos hospitais da região

Renan Vallim

| Edição de 07 de fevereiro de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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A região registrou um aumento de 62,5% no número de transplantes de córnea em 2018 no comparativo com o ano anterior. Foram 26 procedimentos nos hospitais Norte do Paraná (Honpar), de Arapongas, e Providência, de Apucarana. Em 2017, foram 16 transplantes. Ontem, o Governo do Estado divulgou que o Paraná iniciou 2019 batendo recordes nas doações de órgãos. 

Em 2018, foram 20 transplantes no Honpar, em Arapongas, contra 11 em 2017. Com isto, o hospital teve uma alta de 82% no número de procedimentos. Já o Providência, em Apucarana, registrou seis, contra cinco em 2017, aumento de 20%. Já em todo o Paraná, o transplante de córneas caiu 8,5%, passando de 866 para 792.
O Paraná iniciou este ano batendo recordes nesta área médica. Em janeiro, atingiu o índice de 50,9 doações de órgãos por milhão de população (pmp). O número é três vezes maior do que a média brasileira, que é de 17 pmp. Somente entre os dias 23 e 25 de janeiro foram registradas dez doações de órgãos.
Na Espanha, por exemplo, país que há 27 anos ocupa o primeiro lugar mundial em doações, o índice é de 48 doações por milhão de população. No ranking mundial, como um todo, o Brasil ocupa o 28º lugar.

Imagem ilustrativa da imagem Número de transplantes de córneas sobe mais de 62% nos hospitais da região

A coordenadora da Central Estadual de Transplantes do Paraná, Arlene Terezinha Badoch, aponta outro resultado a comemorar: 78% das famílias entrevistadas pelas equipes paranaenses para fazer a doação de órgãos concordam com a medida. No Brasil, a média de aceitação familiar é de 57%.
“Esse é o melhor índice de conversão que o Paraná conseguiu até hoje”, diz a coordenadora. O que, em sua opinião, é um reflexo do trabalho de todo o Sistema Estadual de Transplantes, do alto grau de envolvimento dos profissionais. “Ver esse trabalho ser revertido em doações é muito gratificante”, afirmou.
O Paraná é o único Estado do Brasil a concluir e aprovar um Plano Estadual de Doação e Transplantes, com planejamento até 2022. Tudo é controlado em uma Sala de Situação, que monitora todo o Estado 24 horas por dia, e faz a análise dos dados para elaborar estratégias de ação.
O sistema paranaense está baseado em quatro Organizações de Procura de Órgãos – Curitiba, Londrina, Maringá e Cascavel. Esses centros trabalham na orientação e capacitação das equipes distribuídas em 67 hospitais do Paraná que mantêm Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT). No total, são 671 profissionais envolvidos e dedicados a salvar vidas