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Pandemia valoriza recicláveis, mas aumenta concorrência

DA REDAÇÃO

| Edição de 06 de janeiro de 2021 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Um dos efeitos da pandemia do coronavírus, a falta de embalagens tem afetado diretamente o setor de recicláveis. Cooperativas de recicladores de Apucarana e Arapongas relatam que por conta do ‘apagão’ da indústria, o preço dos reciclados também aumentou. Mas junto com a valorização do produto, cresceu também a concorrência.
“Não somente os catadores que sempre atuaram, mas pessoas que ficaram sem emprego começaram a pegar reciclável também”, observou o gestor da Cooperativa de Catadores de Material Reciclável de Apucarana (Cocap) Antônio Roberto Nogueira.
Segundo ele, muitos materiais dobraram de preço. “O papelão, por exemplo, em média era vendido a R$0,50, agora passou a custar 1,00. Não somente o papelão, mas o plástico também está com preço bom”, explica.
A cooperativa, que é responsável pelo recolhimento do material em toda cidade recolhe entre 250 a 300 toneladas de recicláveis por mês. 
Segundo ele, a pandemia não aumentou ou diminuiu o trabalho da Cocap – o volume de descarte tem se mantido - mas poderia ser melhor, “O trabalho está praticamente o mesmo, mas a nossa grande dificuldade está sendo em mão de obra, pois muitos estão de atestado médico por conta da suspeita do covid”, comentou. A Cocap tem 55 cooperados. Ontem, oito estavam afastados por causa da Covid-19.

ARAPONGAS
Em Arapongas, o aumento dos atravessadores também foi notado. Silvano Santos, da Usina de Reciclagem do município, afirma que a concorrência pelo material cresceu. “A pandemia aumentou os números de pessoas reciclando, pois, a pandemia causou um grande número de desemprego”, destaca. 
Ele ainda comenta que para aumentar a renda dos cooperados, a Usina de Reciclagens se utilizada de outras alternativas, como Bota Fora do Lixo Eletrônico.