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Pesca irregular dizima população de carpas gigantes do Parque da Raposa

Renan Vallim

| Edição de 22 de janeiro de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O Parque da Raposa, em Apucarana, tem sido alvo de pesca predatória. As grandes carpas que eram um dos símbolos do parque e uma das principais atrações do espaço desapareceram devido à ação dos pescadores ilegais. Prefeitura, que adquiriu novas áreas e ampliou a reserva natural, deve aumentar a fiscalização e planeja revitalização do espaço.

Imagem ilustrativa da imagem Pesca irregular dizima população de  carpas gigantes do Parque da Raposa

Localizado em área de 290 hectares, o Parque da Raposa é uma das áreas mais tradicionais da cidade. Possui dois lagos, uma cascata artificial, piscina natural, quiosques e deck sobre o lago. No entanto, a grande quantidade de peixes que havia no lago, que era alimentada pelos visitantes com pão seco comprado nos quiosques, já não é mais tão grande.
De acordo com o secretário interino de Meio Ambiente, Sérgio Bobig, a população de carpas no lago teve um decréscimo significativo. “Hoje, são poucas. O que sobrou são as tilápias, bem menores do que as carpas. Infelizmente, a pesca ilegal reduziu o número de peixes desta espécie nos últimos tempos”, diz.
Segundo ele, a Prefeitura planeja aumentar a fiscalização no espaço. “Estamos trabalhando para reverter o problema em várias frentes e melhorar cada vez mais o parque. Temos um projeto importante de revitalização do local, envolvendo limpeza, manutenção, modificações na área dos quiosques e aumento na sinalização. Tudo para receber cada vez melhor o visitante”, destaca.
As melhorias devem acontecer a partir de fevereiro, quando a pasta receberá uma ampliação no quadro de funcionários. Comerciantes do local, que preferiram não se identificar, lamentam a pesca ilegal no local. “Antigamente, o parque era mais afastado. Mas hoje, com o crescimento da cidade, as áreas urbanas estão bem mais próximas, o que contribui para o problema”, ressaltou um comerciante. 

REGULARIZAÇÃO
A atual administração também tem buscado ainda regularizar a área oficial do parque, com a aquisição e a desapropriação de terrenos que integram a unidade de conservação. O principal objetivo é frear a degradação das bordas da mata, ocasionada sobretudo pela expansão urbana, e fazer o povoamento de espaços que estão sem vegetação nativa.
“Temos realizado uma regularização da área do parque, ampliando a área de domínio da prefeitura e, assim, aumentando o espaço de conservação. Cerca de nove hectares foram adquiridos recentemente”, diz Bobig.
A unidade de conservação foi criada no início da década de 1990, mas muitas áreas não haviam sido devidamente desapropriadas pela prefeitura até recentemente. Além disso, a Prefeitura está realizando um trabalho que visa recuperar áreas que tiveram a mata nativa retirada. Dois grandes espaços já receberam mudas de árvores nativas, totalizando 53 mil m² de revitalização.