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Preço do gás industrial tem alta de 16% em Apucarana

Renan Vallim

| Edição de 22 de agosto de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Os botijões de gás liquefeito de petróleo (GLP) destinados a ambientes industriais ficaram 16% mais caros só neste mês em Apucarana. A alta afeta principalmente condomínios, bares e restaurantes, que são os que mais utilizam esse tipo de botijão. Com o aumento, o preço médio do cilindro de 45 quilos chega próximo dos R$ 300. De acordo com proprietários de revendedoras da cidade, a expectativa é de que os preços subam ainda mais em setembro.

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A alta é decorrente de reajustes anunciados pela Petrobras às distribuidoras ao longo desse mês. O primeiro, no início de agosto, foi de 8%. Já no dia 15, ocorreu um novo reajuste, de 6,3%. De acordo com a estatal, o aumento ocorre por causa da variação do preço do produto no mercado internacional, desde a última revisão de preços. Estas duas altas fizeram com que o cilindro do tipo P45, com 45 quilos, passasse de R$ 250 para R$ 290 em cerca de três semanas.
Leonildo Soares dos Santos, que trabalha em uma revendedora de gás de Apucarana, afirma que a alta já fez as vendas começarem a cair. “É uma situação complicada. As pessoas reclamam bastante, mas não podemos fazer muita coisa, infelizmente. Só estamos repassando a alta que recebemos da distribuidora”.
Proprietário de uma revendedora de gás também de Apucarana, André Francisco Lima acredita que os preços podem aumentar ainda mais, já no próximo mês. “Setembro é o mês em que acontece o reajuste salarial da categoria. Isso poderá se refletir nos preços. Também é possível que o aumento nos cilindros industriais gere uma alta também nos botijões residenciais”.
O cilindro de gás P45 é utilizado em larga escala, principalmente em estabelecimentos comerciais, como bares e restaurantes. É instalado em centrais de abastecimento pré-determinadas pelo proprietário do estabelecimento, de acordo com as normas estabelecidas. Este cilindro também pode ser encontrado em algumas residências, principalmente aquelas com sistema de aquecimento de água a gás, e em condomínios e prédios menores.

PREJUÍZO
Proprietário de um restaurante em Apucarana, Cássio Massashi Iamaguti afirma que a alta do gás, bem como a de outros produtos utilizados no estabelecimento, faz com que a margem de lucro seja reduzida. “Não temos como ficar repassando tudo. Se fizermos isso, perdemos o cliente. Então, acabamos absorvendo um pouco o prejuízo”, diz.
Segundo ele, os estabelecimentos buscam alternativas para diminuir os gastos. “O que buscamos fazer é uma parceria com os distribuidores, de modo que consigamos preços mais razoáveis para que a margem de lucro não caia tanto. Mas é difícil”, ressalta.