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PRF convive com racionamento de combustível em Apucarana

Renan Vallim

| Edição de 12 de agosto de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Com cortes no orçamento e falta de verbas, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) anunciou a redução no policiamento das estradas federais. No posto de Apucarana, apenas uma viatura está sendo utilizada para as atividades dos inspetores, e apenas em casos específicos. A expectativa da categoria é que um aditivo seja feito no final deste mês.As restrições entraram em vigor no início do mês, afetando todas as atividades da PRF em território nacional. No Paraná, todos os postos estão com apenas um veículo disponível. A intenção é poupar gastos com combustível.

Imagem ilustrativa da imagem PRF convive com racionamento de combustível em Apucarana
Na maior parte do tempo, viaturas ficam recolhidas no posto da PRF | Foto: Delair Garcia

“Com os cortes nos repasses do governo, a PRF precisou adequar os gastos. O combustível é um dos principais itens que precisou passar por readequações”, afirma Wilson Martinez, inspetor da PRF.
Segundo ele, o orçamento para 2017 já havia recebido um corte de quase 17%, em comparação com o ano passado. No entanto, em março deste ano, um novo corte de 47% foi o que mais contribuiu para a situação atual.
Na prática, ficam suspensas as rondas em todas as rodovias. Segundo a PRF, serão priorizados os atendimentos a acidentes com vítimas, os deslocamentos em casos de crime e de auxílios que sejam de competência exclusiva da Polícia Rodoviária. Também está prevista a desativação de postos e unidades operacionais em todo o país.
“Infelizmente, essa situação provoca um grande prejuízo no trabalho dos policiais rodoviários federais. As rondas, trabalhos com radares móveis e demais serviços foram todos suspensos. Quem perde com isso é a sociedade”, diz Martinez.

SUSPENSÃO
Os cortes provocados pelo Governo Federal atingiram não apenas a PRF, mas também outros órgãos de competência federal. A suspensão da emissão de passaportes, ocorrida recentemente, também foi provocada pelo contingenciamento de verbas. Na ocasião, o Governo Federal aprovou um repasse de emergência e, após quase um mês de paralisação, a emissão do documento foi retomada.
De acordo com Martinez, a categoria espera por um aporte semelhante. “O governo sinalizou que, no final de agosto ou início de setembro, deverá liberar um aditivo para que possamos voltar a realizar as atividades normais de patrulha. Até lá, ainda teremos que conviver com o racionamento de combustível”, destaca.