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​Procon de Apucarana sugere cautela com novas taxas do cheque especial​

Sílvia Vilarinho

| Edição de 08 de janeiro de 2020 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Início de ano, época de muitas contas a pagar, e muitas vezes o cheque especial é visto como uma saída. Mas atenção, é preciso prudência para tomar essa decisão mesmo com a limitação de juros que entrou em vigor nesta semana.  
Os bancos não poderão cobrar taxas superiores a 8% ao mês, ou 151,8% ao ano. Contudo, o Conselho Monetário Nacional, CMN, autorizou as instituições financeiras a cobrar, a partir de 1º de junho, tarifa de quem tem limite do cheque especial maior que R$ 500 por mês. A medida autoriza cobrança equivalente a 0,25% do limite que exceder R$ 500. Por exemplo, se o cliente tiver R$ 5.000 de limite disponível no cheque especial poderá pagar R$ 11,25 por mês de tarifa (0,25% sobre R$ 4.500, que é o excedente ao mínimo de R$ 500 isentos de taxa). O banco, por uma questão de mercado, também poderá não cobrar a taxa. Algumas bandeiras inclusive já anunciaram que não vão aderir à nova taxa neste primeiro momento. 
“Tenham o cuidado no momento de utilizar esse limite de crédito. Esse limite tem um custo. Com essa nova modalidade, pode ser que a pessoa possa até ter uma organização melhor”, detalha José Carlos Balan, diretor do Procon Apucarana. 
As novas taxas geram uma preocupação, pois o número de pessoas endividadas pode aumentar. “Temos uma pesquisa do SPC Brasil, que mostra que 30 milhões de brasileiros estão endividados. A recomendação é tenham cuidado no momento de utilizar esse limite de crédito. Ou não usem. Se não souber administrar, a situação vai ficando casa vez mais difícil”, enfatiza Balan. 
O diretor do Procon destaca que é preciso avaliar a oferta de crédito. “Se você não tiver necessidade de contratar cheque especial, quando você abrir sua conta bancária e isso for oferecido, não contrate”, comenta, orientando o consumidor a organizar seu consumo e buscar outras alternativas ao cheque especial, como a renegociação de dívidas junto aos credores.
(SÍLVIA VILARINHO)