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Procon registra aumento de 53% nos atendimentos em Arapongas

Renan Vallim

| Edição de 04 de fevereiro de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O Serviço de Proteção ao Consumidor (Procon) de Arapongas realizou 12.656 atendimentos ao longo de 2018. O número é 53% maior do que o registrado no ano passado, quando foram registrados 8.276 atendimentos. O número foi o maior desde 2015. Em média, foram realizados 40 atendimentos por dia.

De acordo com os dados divulgados pelo próprio órgão, 49,7% das reclamações protocoladas envolvem problemas com empresas de telefonia. O gerente executivo do Procon araponguense, Paulo Sérgio Camparoto, explica que os problemas do setor, apesar de serem os principais, já foram piores.
“Uma das empresas que recebia uma grande quantidade de reclamações mudou a forma de atuação no ano passado, fazendo com que os problemas fossem reduzidos. No entanto, a empresa de telefonia mais popular da região ainda é a campeã das reclamações, infelizmente”, destaca.
Em segundo lugar está o setor de serviços, com 23% do total. Na sequência está o setor financeiro, com 14%. “Recebemos muitas reclamações de cidadãos endividados por conta de medidas abusivas de instituições financeiras. Atualmente, os problemas têm envolvido sobretudo empresas de cartões de crédito, que se aproveitam de aposentados e oferecem créditos extras, com taxas no mínimo questionáveis”, diz.

Imagem ilustrativa da imagem Procon registra aumento de 53% nos atendimentos em Arapongas


O comércio local, que já foi responsável por quase 20% das reclamações, hoje está na casa dos 10%. “Estamos registrando uma queda constante, ao longo dos anos, nas queixas envolvendo o comércio local. Vemos isso como algo positivo”, afirma.
JUIZADO
O Procon de Arapongas é um dos únicos do Paraná com uma extensão do Juizado Especial Cível e Criminal, proporcionando que o consumidor saia do local já com um processo ajuizado e uma audiência marcada, entre outros benefícios. A unidade registrou, em 2018, 248 processos autuados, com 52 acordos homologados e 8 cumprimentos de sentença.
“Este dispositivo tem sido muito benéfico e produtivo, sobretudo porque somos a única extensão do Juizado Especial no Paraná em que, caso um acordo seja firmado e não for cumprido pela empresa, a dívida se torna um título judicial automaticamente. Com isso, o cumprimento do acordo ganha o suporte da Justiça instantaneamente, reduzindo em até seis meses o processo judicial”, afirma Camparoto.
Com isso, o índice de cumprimento de acordos subiu. “As empresas estão tomando ciência de que, se o acordo não for cumprido, ela terá que responder pela dívida na Justiça”, destaca.