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Professores da rede estadual entram em greve a partir da próxima segunda-feira

SÍLVIA VILARINHO E ALINE ANDRADE APUCARANA

| Edição de 26 de novembro de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Os professores e funcionários das escolas da rede pública estadual, devem entrar em greve a partir da semana que vem. Em decisão unânime, a categoria decidiu deflagrar paralisação, que inicia a partir do dia 2 de dezembro, segunda-feira que vem. 

Já no dia 3, será realizado um ato unificado contra a reforma do governador Ratinho. O presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Leão avalia que é necessária a mobilização da categoria. “A nossa assembleia aprovou a greve, superando as dificuldades de calendário. Esta é uma resposta para o governo Ratinho Jr., que não dialoga com a categoria e ainda encaminha uma PEC que acaba com nossas aposentadorias. É uma resposta também aos desmandos da Secretaria de Estado da Educação (Seed) e sua desorganização no processo de matrículas do ensino médio noturno, às condições de trabalho, as ameaças de piorar a distribuição de aula e também o ataque aos PSSs”. 
Após o ato, será realizada uma assembleia para avaliar o movimento e deliberar os próximos passos. Foi aprovada também, uma vigília dos aposentados no dia 2 de dezembro, em frente a Catedral de Curitiba. 
Esta é a segunda greve da categoria neste ano. A primeira foi deflagrada no dia 25 de junho e suspensa no dia 13 de julho. Na época, professores e funcionários educação aderiram à paralisação para reivindicar a data base, uma recomposição salarial de 17%, porém, a proposta enviada pelo governo não agradou a categoria. Ficou acertado que o governo faria pagamento de 5,08% de reajuste, de forma parcelada. A primeira parcela, conforme a proposta aceita pela categoria, é de 2%, com pagamento em janeiro de 2020. As outras duas parcelas, de 1,5%, devem ser pagas em janeiro de 2021 e janeiro de 2022 se houver orçamento disponível. 
Para repor as aulas perdidas ao longo de 40 dias de greve, a Secretaria de Estado da Educação (SEED) orientou as escolas a incluir período de recesso escolar e até sábados para o cumprimento do calendário escolar, que deve contemplar, no mínimo, 800 horas e 200 dias letivos. A nova paralisação deve prejudicar ainda mais o calendário escolar. De acordo com a Chefe do Núcleo Regional (NRE) em Apucarana, Cristiane Pablos Rossetti, a SEED ainda não se manifestou a respeito da nova greve anunciada.