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Projeto vai levar esporte para crianças de bairros araponguenses

Renan Vallim

| Edição de 17 de fevereiro de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Empresários e líderes de bairros de Arapongas foram apresentados ontem ao projeto ‘Depois da Escola Tem Bola’, que será desenvolvido na periferia do município. Criado através de uma parceria entre Ministério Público e Guarda Municipal, o projeto vai criar escolinhas para a prática de esportes e também um campeonato nas comunidades carentes como forma de dar mais inclusão e afastar os jovens das drogas.

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De acordo com Michele Oliveira Ribeiro, guarda municipal e uma das responsáveis pela coordenação do projeto, uma das intenções é trabalhar na prevenção. “Não adianta só a repressão. Esses adolescentes e jovens precisam ter outras alternativas para não entrarem no mundo das drogas. Queremos nos aproximar dos jovens. Estaremos lá para conversar, não para abordar”, destaca.
Segundo ela, o projeto irá desenvolver, através de alunos de Educação Física de faculdades da região, treinamentos para crianças, adolescentes e jovens. A ação se espelha em atividades parecidas que foram desenvolvidas com sucesso em outros municípios. Durante a apresentação do projeto, foi mostrado um vídeo da cidade de Araranguá (SC), que conseguiu bons resultados através do esporte.
No evento, que ocorreu no Salão do Júri do Fórum de Arapongas, o promotor criminal Fernando Augusto Barbugiani esteve representando o Ministério Público. “Hoje, muitos jovens de comunidades carentes idolatram o traficante do bairro, veem ele como modelo. Um dos objetivos do projeto é criar ídolos locais através do esporte. Além disso, o esporte desenvolve o trabalho em grupo, a vida em sociedade, a noção de saber ganhar e saber perder”, disse.
Além do MP e da GM, participam do projeto as polícias Civil e Militar, o Conselho Tutelar e várias Secretarias Municipais, entre outros órgãos. O foco principal do projeto é tirar os jovens da situação de vulnerabilidade. “Precisamos do apoio dos empresários para ajudar a adquirir materiais, como bolas, uniformes, calçados, entre outros. A vulnerabilidade desses jovens torna-se um problema para toda a sociedade”, diz o promotor. Ele destacou o aumento de crimes contra o patrimônio entre os jovens como indício de aumento no uso de drogas, visto que esse tipo de delito serve, na boa parte dos casos, para custear o consumo de entorpecentes.
O projeto prevê um campeonato entre as comunidades, que deve ser realizado no final do ano. Esse torneio tem como base um projeto desenvolvido por um grupo de advogados, dentre eles Edvaldo Barbosa da Fonseca, que esteve no evento. “A Copa das Comunidades será voltada para adolescentes entre 12 e 15 anos. Cada bairro terá uma equipe, definida pelo seu respectivo presidente da Associação dos Moradores. Queremos dar novas perspectivas a esses jovens”, diz.