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Safra de verão deve render 1,1 milhão de toneladas na região

DA REDAÇÃO

| Edição de 27 de fevereiro de 2021 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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A safra de grãos de verão 2020/21 deve somar 23,9 milhões de toneladas em uma área de 6,1 milhões de hectares, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. Esse volume indica uma redução de 4% se comparado à safra 2019/2020. O relatório deste mês aponta que tanto o clima quanto a ocorrência de pragas reduziram a produtividade e a qualidade dos grãos em algumas das principais culturas do Estado. Na região compreendida pelas áreas de abrangência dos escritórios regionais de Apucarana e Ivaiporã, a safra de verão deve somar mais de 1,1 milhão de toneladas.

Espera-se a produção de 20,34 milhões de toneladas de soja para a safra 20/21 (safra total), uma redução de 2% na comparação com a safra 19/20. Se houver melhora nas condições climáticas, a colheita do grão deve acelerar nas próximas semanas. Já a primeira safra de milho deve somar 3,2 milhões de toneladas, 7% a menos do que indicava a estimativa inicial.
Segundo o Deral, a produção de soja na safra 20/21 não será recorde, mas tende a ser volumosa. Se o clima colaborar nas próximas semanas, deve haver aceleração da colheita. Está prevista para esta safra a produção de 20,34 milhões de toneladas, volume 2% abaixo do produzido na safra anterior, e 1% menor do que a expectativa registrada no início do ciclo.
Por outro lado, o preço pago ao produtor ajuda a compensar essa redução, de acordo com o economista do Deral, Marcelo Garrido. Nesta semana, a saca de 60 kg de soja foi comercializada por R$ 152,14. Na mesma semana de 2020, o valor era de aproximadamente R$ 79,00.
REGIÃO
Na região, a soja também é o carro-chefe da safra de verão. Segundo o Deral, deve-se colher 1,06 milhão de toneladas entre as regionais de Apucarana (452,8 mil t) e Ivaiporã (608,7 mil t). Segundo o técnico agrícola do Deral de Apucarana, Adriano Nunomura, a safra sofreu problemas ao longo do ciclo, com seca que atrasou o plantio em outubro e excesso de chuva em janeiro. “Apesar disso, será uma boa safra. Estimamos que podem ocorrer perdas de até 10%. O que nos preocupa agora é a colheita, que pode ser prejudicada pela chuva que pode ocorrer na semana que vem”, comenta.
Com previsão de chuva na próxima semana, os produtores estão correndo contra o tempo para tirar o grão do campo. “A chuva na colheita, além de gerar atraso, pode prejudicar a qualidade do grão”, explica Nunomura.