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Sérgio Moro e membros da força-tarefa criticam declaração

DA REDAÇÃO

| Edição de 30 de julho de 2020 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e ex-juiz da Lava Jato em Curitiba, Sérgio Moro, afirmou que ‘desconhece segredos ilícitos’ da operação que comandou por mais de quatro anos, destacando que a mesma ‘sempre foi transparente’ e teve decisões confirmadas por tribunais superiores.

“Ninguém sabe como foram escolhidos, quais os critérios. Não se pode imaginar que uma unidade institucional se faça com segredos, com caixas de segredos”, afirmou.
Além de Moro, o procurador Roberto Pozzobon, integrante da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, também reagiu às falas do chefe do Ministério Público Federal, dizendo que ‘transparência faltou mesmo no processo de escolha do PGR pelo presidente Jair Bolsonaro’. Aras foi o primeiro indicado à chefia do MPF em 16 anos que não constava em lista tríplice formulada em votação entre procuradores.
Membros da força-tarefa no Paraná reagiram com uma nota de repúdio ao que chamaram de ‘ataques genéricos’, ‘declarações infundadas’ e ‘ilações’.
“Devem ser refutados os ataques genéricos e infundados às atividades de procuradores da República e as tentativas de interferir no seu trabalho independente, desenvolvido de modo coordenado em diferentes instâncias e instituições”, diz o texto assinado pelo Ministério Público Federal no Paraná.
“A ilação de que há “caixas de segredos” no trabalho dos procuradores da República é falsa, assim como a alegação de que haveria milhares de documentos ocultos. Não há na força-tarefa documentos secretos ou insindicáveis das Corregedorias. Os documentos estão registrados nos sistemas eletrônicos da Justiça Federal ou do Ministério Público Federal e podem ser acessados em correições ordinárias e extraordinárias”, rebate a nota.
Em movimento semelhante, a Procuradoria da República em São Paulo também divulgou nota para negar irregularidades na operação.