Como parte das ações de combate ao mosquito transmissor da dengue no Paraná, técnicos da Secretaria de Estado da Saúde percorrem desde ontem as regiões de Londrina, Maringá, Paranavaí e Campo Mourão, com orientações sobre remoção técnica de criadouros do vetor, interpretação do canal endêmico da doença, orientações sobre manejo clínico e assistência aos pacientes de dengue.
Ontem, as orientações foram prestadas na sede da 17ª Regional de Saúde de Londrina, direcionadas às equipes que atuam na Vigilância Estadual e Municipal das 21 localidades que integram a região. A atividade será repetida até o dia 31 e passará por Maringá, Campo Mourão e Paranavaí, município que recebeu, no final de semana, a terceira etapa de um mutirão de limpeza.
“O Governo do Paraná está em guerra contra o Aedes aegypti; nossa principal orientação é para a remoção técnica dos criadouros, com o olhar e a expertise dos profissionais da Vigilância. O trabalho de combate se replica nas demais regiões. São 5 mil agentes municipais realizando visitas domiciliares, imóveis comerciais e públicos com o objetivo de eliminar criatórios do mosquito da dengue”, afirmou o secretário Beto Preto.
O médico Enéas Cordeiro Filho, da Coordenação de Vigilância Ambiental da Sesa, explicou que a principal regra é a eliminação dos focos com água parada. “Estamos orientando todas equipes técnicas, mas é preciso o apoio da população nesta empreitada”, disse.
“Quando o cidadão encontra um criadouro, do tipo considerado comum, como em vasos de plantas, deve limpar o recipiente e acabar imediatamente com o acúmulo de água parada; em caso de limpeza nos quintais e imóveis, também feitas pelo próprio cidadão, este deve acionar a Vigilância Municipal para que os entulhos não fiquem depositados nas calçadas, formando criadouros da dengue, e em casos de poços e caixas d´água é preciso que os moradores vedem todas as aberturas, acabando com a possibilidade de que o mosquito se instale”, salientou Enéas Cordeiro Filho.
Outros locais que podem abrigar criadouros são as cisternas e fossas, exemplifica o técnico.
“Como precisam manter um “respiro” devido aos gases acumulados, as telas são bons aliados para estes locais, e em caso de infestação maior é preciso pedir o apoio da equipe de Vigilância do município para aplicação de larvicidas, inseticida voltado especificamente para o estágio de vida larval de um inseto e que deve ser adotado de acordo com as regras do Ministério da Saúde”.