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Moradores reclamam de mato alto

Vanuza Borges

| Edição de 17 de janeiro de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O mato alto é motivo de reclamação entre os moradores do Residencial Villagio di Roma, próximo ao Estádio Olímpio Barreto, em Apucarana. Entre as principais queixas está a presença de animais peçonhentos, lixo, insegurança e falta de visibilidade para dirigir nas ruas do bairro, principalmente quando vai fazer conversões. De acordo com o Departamento de Serviços Públicos, no mínimo, oito pessoas ligam por dia para reclamar de terrenos baldios com mato alto. As reclamações começaram em meados de dezembro do ano passado.

Imagem ilustrativa da imagem Moradores reclamam de mato alto

No caso do Residencial Villagio di Roma, na principal via de acesso, através da BR-376, a Otávio Pereira de Melo, que é dividida por um canteiro central, o capim está tão alto que avança sobre o asfalto, obstruindo a visão dos condutores. Para a moradora, Maricilda Campana, 55 anos, o matagal tem gerado diversos problemas. “Não conseguimos mais enxergar casas de outros moradores do bairro. Isso sem falar na quantidade absurda de animais peçonhentos que tem aparecido”, reclama.
Outra queixa moradora é a sensação de insegurança e o lixo jogado nos terrenos baldios. “Como não tem visão ampla do bairro, pessoas de outras localidades aproveitam para descartar qualquer tipo de lixo, como tecidos, sofás, restos de construção civil e pneus”, elenca.
A também moradora Magda Sueli de Souza, 39, acrescenta que, além do lixo já mencionada, há pessoas que aproveitam para jogar animais mortos em meio ao mato. “Têm dias que é quase insuportável passar em algumas ruas por causa do mau cheiro, além disso é um perigo sair carro. Não tem visão das ruas nas esquinas”, diz.
A costureira também reclama da presença de aranhas. “É comum encontrar aranhas dentro de casa”, afirma.
Já a moradora Regina Bianchi Fernandes, 60, comenta que além do surgimento de aranhas e pernilongos, tem se deparado com cobras. “Por duas vezes, eu vi uma cobra no terreno baldio em frente à minha casa”, ressalta.
A filha da aposentada, Josiane Fernandes, 38, queixa da insegurança causada pelo mato alto. “Só no último domingo, duas casas foram furtadas. Com o mato alto fica fácil se esconder e esconder o que foi levado das casas”, diz.
Ela observa que, em anos anteriores, a situação também era crítica. “Porém, este ano, o mato está maior. Precisamos que os proprietários dos terrenos ou a Prefeitura façam roçagem dessas áreas”, assinala.

Roçagem na próxima semana
O diretor do setor de Serviços Públicos, Paulo Reis, comenta que as equipes estão nas ruas trabalhando no processo de roçagem. “Por dia, desde dezembro, recebemos no mínimo oito ligações. Após receber as reclamações, vamos no local verificar se procede ou não. Caso precise de roçagem, notificamos o proprietário, que tem 15 dias para fazer a limpeza”, afirma.
Após esse prazo e caso o terreno não seja limpo, Reis comenta que o serviço é executado por funcionários da Prefeitura. O serviço é cobrado na conta do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). “É cobrado R$1,40 por metro quadrado”, diz.
Reis comenta ainda que os pontos mais críticos são o Interlagos e o Villagio de Roma. Outras regiões como Jardim Colonial, Sumatra e Ponta Grossa também acumulam reclamações do gênero.
“O serviço de roçagem tanto no Interlagos quanto no Villagio di Roma devem começar na próxima semana”, afirma.
Por dia, as duas equipes de roçagem conseguem limpar cerca de 20 terrenos.