A circulação do dinheiro do auxílio emergencial de R$ 600 no comércio é um fator que ajudou a impulsionar as vendas no setor de materiais para construção, na opinião do empresário Martinho Fornaciari, proprietário de uma loja do ramo. “O comércio estava bem parado e com a entrada de dinheiro do benefício do Governo Federal, as vendas melhoraram bastante. O comércio não estava preparado para receber tanta procura e aproveitou para subir os preços. É a lei da oferta e da procura”, acredita.
Já o aumento de valores, segundo ele, pode ter influência na alta do dólar. “Alguns itens têm complementos importados e, devido a alta do dólar, sofreram alteração de preço, como o caso do cimento e da argamassa”, comenta.
Empresário Luiz Henrique Fukuda, dono de uma loja de materiais para construção de Apucarana também sentiu um aumento considerável nas vendas durante a pandemia, o que ele considera um pouco contraditório, já que a tendência era que os consumidores gastassem menos durante a crise. Para Fukuda, parte da população já poupava dinheiro e decidiu investir na construção civil. “A vendas estavam bem baixas ano passado, e com a decadência na economia, muitas pessoas deixaram de gastar com certas coisas e estavam poupando dinheiro. Acredito que neste ano resolveram aplicar na construção civil”, opina.
A grande procura por materiais para construção deixou alguns produtos em falta, como é o caso do tijolo, comenta Fukuda. Segundo ele, também há previsão de mais um reajuste nos preços, provavelmente no próximo mês.