OPINIÃO

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Casos de embriaguez ao volante geram preocupação

Da Redação

| Edição de 13 de setembro de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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É preocupante o grande número de motoristas embriagados pelas ruas e rodovias da região. De janeiro a setembro deste ano, as multas por embriaguez ao volante aumentaram 128% nas vias urbanas de Apucarana e quase 40% na BR-369 e BR-376, as principais rodovias regionais, em comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são da Polícia Militar (PM) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). 

Esse quadro de irresponsabilidade é alarmante. Afinal, pesquisas mostram que entre 40% e 60% dos acidentes estão relacionados diretamente ao consumo de bebidas alcoólicas. Ao beber acima do permitido, o sistema nervoso central é afetado. Cada pessoa tem uma reação diferente para certa quantidade de álcool ingerida, mas as consequências são parecidas. O motorista embriagado perde reflexos e poder de reação no trânsito. O álcool prejudica a coordenação motora e o raciocínio. 
Nos postos da PRF de Apucarana e Mauá da Serra, 130 motoristas foram multados por embriaguez ao volante entre os dias 1º de janeiro e 10 de setembro deste ano. O número é 39,8% maior do que no ano passado, quando foram 93 infratores. Na área urbana de Apucarana, o índice foi ainda maior. Segundo levantamento do 10º Batalhão de Polícia Militar (BPM), 135 pessoas foram multadas por esse motivo entre janeiro e agosto de 2017 contra 59 no mesmo período do ano passado, uma alta de 128,8%. 
Subestimar a reação do álcool no corpo é um erro muito comum. Alguns condutores acham que estão “bem” para pegar a estrada, mas os efeitos do consumo geram riscos enormes ao volante. 
Isso ajuda a explicar o grande número de mortes nas rodovias brasileiras. Inúmeras vidas são ceifadas anualmente no país por conta desse comportamento de risco. Apenas em 2016, as rodovias federais registraram 20.994 acidentes graves, segundo dados da PRF. Ao todo, foram 21.439 feridos graves e 6.405 mortos em decorrência dessas colisões. 
É preciso mudar essa realidade. Não há outro caminho a não ser conscientizar os motoristas sobre os riscos e a necessidade de adotar uma nova postura. “Se beber, não dirija” deve ser regra. É preciso lembrar sempre que dirigir embriagado não é acidente, mas uma escolha. Caso o condutor opte por beber, ele deve buscar carona com um amigo ou familiar que estejam sóbrios para voltar para casa. Dessa forma, o motorista agirá conscientemente, garantindo a própria segurança e dos outros no trânsito