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Com pecuaristas desanimados, pecuária bovina recua

DA REDAÇÃO

| Edição de 25 de outubro de 2020 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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A criação de bovinos teve redução de 5,5% na região, passando de 446,4 mil cabeças parar 421,8 mil, aproximadamente. Godoy Moreira teve o maior recuo, de 17,5%, passando de quase 12,9 mil para 10,6 mil. Já Rosário do Ivaí continua como o município com maior rebanho bovino da região, mesmo após a queda de 6,2% registrada em 2019. No ano em questão, foram registradas 49 mil cabeças de gado no município, contra quase 52,3 mil no ano anterior. Apucarana teve queda de 6,6%, passando de 19,2 mil para 18 mil cabeças. Em Arapongas, a redução ficou em 2,5%, de pouco mais de 6,1 mil para 6 mil.

Bruno Henrique de Lima cria gado há três anos e atualmente tem aproximadamente 120 cabeças. Ele avalia que o preço do mercado está bom, mas o que desanimou os pecuaristas é o valor dos insumos. “O milho para a ração está mais caro, a soja também, então não estamos tendo muito lucro”, detalha.
“O que também pode ter contribuído para desanimar alguns pecuaristas é a dificuldade em encontrar bezerro para a reposição. Está muito caro para comprar, pago hoje quase R$2,3 mil em um. O povo está matando muita novilha, não tem gado. O mercado está pedindo uma carne mais macia, então vale mais abater uma novilha de dois anos do que um boi”, finaliza.
O técnico do Deral, Adriano Nunomura, explica que a queda na criação bovina em 2019 se deve pela estiagem. “Muitos produtores tiveram problemas com pasto e alimentação de seus animais. Por isso, eles acabaram vendendo o gado. Também houve falta de animais para reposição