CIDADES

min de leitura - #

Horário de verão é um convite à prática esportiva

Vanuza Borges

| Edição de 15 de outubro de 2016 | Atualizado em 02 de dezembro de 2016

Fique por dentro do que acontece em Apucarana, Arapongas e região, assine a Tribuna do Norte.

O horário de verão começa à zero hora deste domingo, quando os relógios devem ser adiantados em uma hora. O gesto de acertar os ponteiros faz parte da vida dos brasileiros da região Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além do Distrito Federal, há 31 anos de forma ininterrupta. O período, conhecido por dias mais longos, é um chamariz para a prática de atividade física ao ar livre, em especial, a caminhada. O movimento das academias também aumenta nesta época em cerca de 20%.

O educador físico Juraci Barbosa, de Apucarana, avalia que as pessoas estão mais conscientes sobre a importância da atividade física, por isso, a prática se tornou mais consistente durante todos os meses do ano. Para sair do sedentarismo, sem grandes esforços, a caminhada é a opção preferida. “O ideal é que caminhe, no mínimo, 30 minutos pelo menos três vezes na semana. A atividade física, além de proporcionar inúmeros benefícios à saúde, de imediato, traz a sensação de bem-estar”, afirma o educador físico.

Agora, se depois de caminhar, quiser puxar o ritmo e aderir à corrida de rua, a educadora física Klyvia Caruzzo Rosini, também de Apucarana, orienta, antes de se aventurar sozinho ou em grupo, fortalecer os músculos e, acima de tudo, respeitar o limite do próprio corpo. “Aliás, antes de começar a praticar uma atividade física, o ideal é procurar um médico, que irá avaliar se está apto ou não a praticar a modalidade escolhida”, observa.

Imagem ilustrativa da imagem Horário de verão é um convite à prática esportiva

A personal trainer aconselha ainda a nunca deixar de fazer alongamentos antes e depois de exercícios físicos, para evitar lesões. “Além disso, o corpo precisa de um período para se recuperar”, assinala. Respeitar o limite do próprio corpo, complementa Juraci, é essencial para que não ocorra desgastes. “Em casos de atividades mais intensas e regulares, é indispensável a orientação de um profissional”, argumenta.

Outra observação feita pelos profissionais é a alimentação. “O corpo vai precisar repor os nutrientes perdidos, por isso, é importante fazer uma alimentação saudável”, comenta Klyvia. E claro, a hidratação também não pode faltar.

AO AR LIVRE
Com a sensação de dia mais longo, praças e parques ficam lotados, principalmente nos finais de tarde. O casal Joana Elizabeth, 46, e João Carlos Deszazynski, 50, não abre mão de uma boa caminhada. “Caminhamos quase todos os dias”, afirma Joana. A atividade faz parte da vida deles há 20 anos e o resultado: “Ajuda a manter o peso, além de fazer bem à saúde”, diz.

A jovem Gabriella Nicolou,17, começou a caminhar há três meses, mas também já sente os benefícios da atividade física. “Eu tenho asma e senti que melhorou bastante. E o bom do horário de verão é que dá para caminhar mais tranquila, porque demora mais para escurecer”, diz.

Mudança gera economia

O horário de verão, que começa à zero de amanhã, encerra dia 29 de fevereiro de 2017.

Com base em edições anteriores, a estimativa da Copel é que o Horário de Verão contribua para reduzir em 4,5% os níveis máximos de demanda por energia elétrica entre as 18h e as 21h. Isso corresponde a evitar, ao longo de quatro meses, a demanda por 200 megawattts de potência no sistema elétrico estadual neste horário, o que equivale à demanda máxima de uma cidade como Maringá.

A principal finalidade do Horário de Verão é proporcionar uma alívio à operação de instalações como usinas geradoras, subestações e linhas de transmissão no fim da tarde, quando o expediente comercial e na indústria coincidem com a ativação da iluminação pública.

A diluição do pico de consumo no fim da tarde previne sobrecargas no sistema elétrico, o que evita o acionamento emergencial de usinas térmicas e também resguarda os estoques de água nos reservatórios das hidrelétricas. Tudo isso reverte em economia para os consumidores, já que o custo de geração adicional é sempre repassado às tarifas por meio das bandeiras tarifárias. (AEN)