POLÍTICA

min de leitura - #

Impactos do ‘corona’

Da Redação

| Edição de 22 de março de 2020 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

Fique por dentro do que acontece em Apucarana, Arapongas e região, assine a Tribuna do Norte.

Mesmo com o TSE mantendo o calendário eleitoral deste ano (ao menos por enquanto), já é possível prever que o coronavírus trará impactos para o pleito. Como já trouxe esta coluna, a janela partidária termina no dia 4 de abril e as eleições municipais continuam marcadas para outubro. Mas, com os cartórios eleitorais fechados, as coisas devem se complicar. Fazer ou transferir título de eleitor, por exemplo, ficam suspensos. O mesmo vale para a transferência de domicílio eleitoral de candidatos, que termina em 4 de abril. Os políticos que quiserem disputar a eleição em cidades vizinhas e não transferiram o domicílio anteriormente, provavelmente não conseguirão mais fazê-lo.

Por e-mail É importante lembrar que o contato com as zonas eleitorais da região deve ser feito via e-mail. Em Apucarana, o endereço é [email protected]. Em Arapongas, é através do [email protected]. Em Ivaiporã, envie para [email protected]. É por estes endereços que o eleitor e também o possível candidato devem tirar as suas dúvidas.

Suspensão I A Câmara de Curitiba decidiu suspender as sessões plenárias. Segundo comunicado do presidente, Sabino Picolo (DEM), os vereadores só voltam a se reunir, por enquanto, se houver algum motivo urgente. A medida deverá ser adotada por outras Casas de Leis do Paraná, gradativamente. Na região, já há vereadores fazendo pressão para que a medida seja adotada o quanto antes.

Suspensão II Alguns parlamentares estão sugerindo inclusive que seja adotado sistema parecido com o que foi feito no Senado brasileiro nesta semana: a sessão remota. Através da internet ou de uma ligação telefônica, projetos podem ser votados, sem que os parlamentares estejam no mesmo local. Só não se sabe como ficará a situação caso determinados projetos incitem discussões polêmicas.

Caça às mulheres Tem muito partido por aí buscando desesperadamente compor o índice de mulheres para as próximas eleições. As buscas, em algumas legendas, têm sido incessantes. O que os partidos não entendem é que não adianta se mexer aos 45 do segundo tempo. É preciso haver estímulo para que mais mulheres sintam que o ambiente político também é seu.
Em conjunto A Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep) foi a primeira a determinar o fechamento em conjunto do comércio de todos os municípios que compõem a entidade. A Associação dos Municípios do Vale do Ivaí (Amuvi) discutiu, em sua última reunião, ocorrida na sexta-feira (20), determinação semelhante, mas os prefeitos da região não chegaram a um consenso. No entanto, da maneira como as coisas caminham, a medida se tornará inevitável.

Troca-troca Com o coronavírus fechando espaços e restringindo atividades, a janela partidária acaba sendo um dos únicos focos para boa parte da classe política. Se por um lado, o contato entre políticos fica mais complicado presencialmente, por outro, as linhas telefônicas e principalmente o WhatsApp deles estão congestionados como há algum tempo não se via. As mensagens são trocadas ao montes, o que já rendeu os primeiros anúncios de trocas partidárias. E vem mais coisa por aí na próxima semana.

Fique atento Em tempos de coronavírus e de quarentena em casa, muita gente está lotando os supermercados para garantir suprimentos básicos, como produtos de limpeza, higiene e alimentos. Porém, é preciso ficar atento à higienização dos carrinhos, cestinhas e embalagens oferecidos nestes estabelecimentos. Uma lei proposta pelo deputado Requião Filho (MDB) na Assembleia Legislativa do Paraná e que foi promulgada no ano passado, exige a higienização destes objetos pelos comerciantes. A medida passou a valer neste mês de março.

Em tempos de coronavírus, algo interessante aconteceu: quem tomou medidas que poderiam ser interpretadas como ‘impopulares’ acabou ganhando popularidade        Um dos exemplos foi o fechamento do comércio. As pessoas aparentemente entenderam a gravidade da situação e inclusive pediram para os governantes decretarem a medida          O problema é que a situação está apenas no começo. Como estarão os ânimos após, digamos, 15 dias de isolamento? Esse deve ser também foco de atenção dos governantes