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Milho e feijão ganham espaço na região

Ivan Maldonado

| Edição de 19 de março de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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A falta de preços e liquidez do trigo está fazendo com que muitos produtores no Vale do Ivaí, migrem para o cultivo do milho e feijão. De acordo com informações do Departamento de Economia Rural (Deral), vinculado à Secretaria de Agricultura e do Abastecimento (Seab) é prevista uma queda de 5,78 % na área do trigo nesta safra, que começa a ser plantada em abril.

Imagem ilustrativa da imagem Milho e feijão ganham espaço na região

Segundo o agrônomo do Deral, Sergio Carlos Empinoti, em 2016 a área de trigo foi de 121 mil ha. a previsão para este ano é de 113 mil ha. Ainda segundo Empinotti, apesar da cotação do milho ter caído um pouco nos últimos meses, de R$ 29 para R$ 24 (saca de 60 quilos), boa parte dos produtores estão preferindo o cereal em razão da liquidez.
“Além disso, tem a questão do solo, da melhoria da rotação de cultura. O milho dá muita palhada e ajuda a melhorar na produtividade da soja. Devido aos bons preços de anos anteriores, os produtores deixaram de plantar milho e só plantavam soja e trigo, deixando a palhada em segundo plano. Agora estão percebendo que compensa a necessidade da rotação de cultura com o milho”, relata Empinotti. A previsão é que o milho safrinha passe de pouco mais de 35 mil ha. para 42 mil ha. nesta safra, um aumento de 20 %.
O feijão das secas,que está sendo plantado terá área plantada de 10 mil hectares, cerca de 1 mil ha. a mais que a safra passada. “A expectativa é de aumento nos preços, já se fala em R$ 150 a saca. Isso tem levado o agricultor a plantar mais”, comenta Empinotti. Na sexta-feira, a saca de feijão carioca era comercializada a R$ 120.
SOJA
Na reta final com aproximadamente 80% da área colhida, na última sexta-feira, a soja continuava apresentando bons resultados nos 22 municípios da área de abrangência do escritório regional de Ivaiporã, da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento (Seab).
De acordo com o agrônomo do Departamento de Economia Rural (Deral), Sergio Carlos Empinotti, se o clima continuar colaborando a estimativa é que a safra tenha recorde de produtividade e supere a marca média de 3.2 mil quilos por hectare, ou seja, 130 sacas por alqueire. “Esse ano as perspectivas estão sendo muito boas, com uma previsão de aumento de cerca de 10% na produtividade”, completa Empinotti.
A expectativa é que o grão possa atingir 900 mil toneladas, na área cultivada de 292 mil ha. Na safra 2015/2016 por conta do excesso de chuva [no período da colheita], houve queda na produção, fechando a safra com 708 mil toneladas.