OPINIÃO

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​ Novo perfil da população exige investimentos já

Da redação

| Edição de 12 de agosto de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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A população paranaense superou, na última quinta feira , a do Rio Grande Do Sul. Segundo projeção do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Social (Ipardes), o estado tem uma população superior a 11,3 milhões de habitantes e tem um crescimento populacional mais que o dobro do registrado. O Rio Grande do Sul.
Impacta nesse índice, explica o Ipardes, não apenas os índices de fecundidade da população, mas o saldo migratório, ou seja, a quantidade de pessoas que sai e entra do estado para fixar residência.
Atualmente, entre nascimentos e migrações, o Paraná tem uma acréscimo diário de 205,23 pessoas, contra pouco mais de 90 no Rio Grande do Sul. É a primeira vez que o Paraná ultrapassa a população do Rio Grande do Sul, um fato que traz uma série de implicações, principalmente de ordem política.
A projeção divulgada nesta semana pelo Ipardes também detalha o perfil da população em crescimento no Estado. Segundo o instituto, em 2040, ou seja, em menos de 25 anos, a faixa etária de 0 a 14 anos, hoje em 20,8% da população vai passar para apenas 14,6% . De outro lado, a população idosa vai mais que dobrar, passando dos atuais 9,2% para 19,9%.
 O declínio da população jovem e o aumento dos idosos é uma tendência verificada em todo Brasil e está associada ao declínio da natalidade e à ampliação da expectativa de vida.
As implicações dessas mudanças em relação a esses números são óbvias. A demanda de serviços públicos para a população idosa terá um crescimento exponencial que vai exigir resposta do poder público não apenas em atendimento em saúde, mas infraestrutura das cidades, incluindo acessibilidade, lazer e serviços.  
O crescimento da população idosa não é exatamente uma novidade em termos de demografia. Há anos essa questão é debatida e vem se tornando cada vez mais urgente. Ainda assim, a reestruturação da sociedade de acordo com essa nova realidade que vem se desenhando não anda com a mesma velocidade dos índices. A adoção de políticas públicas de saúde e bem estar voltados para terceira idade, por exemplo, é um fenômeno recente que ainda não está consolidado em todo país.
A redução da população jovem também implica em problemas de ordem econômica, com escassez de mão de obra e necessidade de reestruturação do mercado de trabalho. Com uma crise econômica que ainda vai se refletir por anos a fio, é preciso começar a formular esse futuro agora, sob risco de um enorme caos social com estrutura ineficiente de atendimento aos idosos e dificuldades de produção por conta de mão de insuficiente.