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O perigo das queimadas

DA REDAÇÃO

| Edição de 04 de agosto de 2020 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Por dia, pelo menos um incêndio ambiental é registrado na região. De janeiro a julho deste ano, 368 ocorrências do tipo foram atendidas na área do 11º Grupamento de Bombeiros, que abrange 22 municípios. A maior parte foi em Arapongas, com 118 atendimentos (32%), seguido por Apucarana com 109 atendimentos (29%). 

Levantamento do Corpo de Bombeiros mostra que as queimadas ficaram mais recorrentes a partir de março, com 57 registros. Abril foi o mês com maior número de chamadas, com 79, seguido por maio com 73. Curiosamente, junho teve 35 incêndios ambientais. Julho que geralmente é considerado mais crítico em relação às queimadas, por ser o auge do inverno com tempo seco, teve 66. 
Segundo a tenente do 11º Grupamento de Bombeiros de Apucarana, Ana Paula Inácio de Oliveira Zanlorenzzi, as queimadas ocorrem geralmente por causas naturais e humanas. “Mas a maioria das ocorrências que atendemos em nossa região tem início por ação humana. Sejam por pessoas que querem ‘limpar’ terrenos ateando fogo e também situações de fumantes que jogam bitucas de cigarros no mato seco, podendo iniciar uma queimada”, comenta. 
Características climáticas na região também colaboram para a propagação do fogo, como ventos e altas temperaturas. De acordo com a tenente, o agravamento da estiagem e as chuvas abaixo da média são fatores que também favorecem as queimadas. “Sem chuvas e com baixa umidade relativa do ar, a vegetação fica mais seca e a probabilidade de ocorrer um incêndio ambiental é grande”, comenta.
Ela orienta a população a denunciar os casos aos órgãos ambientais para que os autores sejam punidos conforme a lei. 
ACIDENTE NA BR-277
Queimadas às margens da rodovia são um perigo para os motoristas, pois aumentam o risco de acidentes. A fumaça gerada pelo fogo pode cobrir a rodovia e prejudicar a visibilidade de quem trafega como o que aconteceu no acidente registrado anteontem no acidente que matou 8 pessoas e deixou outras feridas, na BR-277 em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. O acidente envolveu  16 carros, cinco motos e uma caminhão. “Os indícios mostram que o que iniciou o acidente foi a falta de visibilidade causada por uma queimada”, comentou a tenente Ana Paula.
Conforme a concessionária Ecovia, que administra o trecho onde o acidente aconteceu, a visibilidade na rodovia ficou prejudicada em função da fumaça gerada por uma queimada fora da faixa de domínio, próximo à BR-277.
De acordo com a Ecovia, houve uma primeira colisão e os passageiros desocuparam os veículos e permaneceram na rodovia. Na sequência uma carreta não conseguiu frear e atropelou algumas destas pessoas, colidindo também com alguns veículos que estavam no local.