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Presos de Ivaiporã negociam com Depen

DA REDAÇÃO

| Edição de 14 de outubro de 2020 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Terminou na tarde de ontem, tentativa de uma nova rebelião na Cadeia Pública de Ivaiporã. A situação foi contornada depois que lideranças dos detentos se reuniram com o chefe da regional do Departamento Penitenciário (Depen). 

No domingo (11), os detentos promoveram quebra-quebra na carceragem que durou cerca de 10 horas, após um detendo morrer por infarto. A situação só foi amenizada depois que delegado Aldair da Silva Oliveira negociou com os rebelados. 
Conforme o chefe regional do Depen de Londrina, Nilton Cesar Santos Garcia, após as conversas com os presos, o clima na carceragem ficou mais tranquilo. A unidade abriga 171 presos. 
Durante a reunião com as lideranças dos presos, foi apresentada uma lista de reivindicações. “Serão analisadas uma a uma. Basicamente eles pedem transferência, redução de pena e alguns atendimentos que o Depen faz, mas que a Polícia Civil não tem condições de fazer. É um sistema diferente, no caso da remissão de pena, por exemplo, no sistema do Depen isso acontece já está incluído no tratamento penal. Mas, dentro da Polícia Civil não tem, precisa ser feito um acordo com o juiz e fica mais complicado”, comenta Garcia. 

CADEIA
Garcia explicou que a Cadeia Pública de Ivaiporã é responsabilidade da Polícia Civil, mas existe a possibilidade da carceragem ser transferida para o Depen. “Há dois tipos de cadeia, a do Depen e da Polícia Civil. Se aqui em Ivaiporã a cadeia se tornar plena, nós vamos elevar o número de funcionários do Depen e vamos fazer todo o tratamento penal que tem dentro de uma penitenciária”. 
Ainda conforme Garcia as conversações estão bastante avançadas. “Já conversamos com o Dr. Aldair, com o pessoal do Conseg e representantes da prefeitura. E praticamente dependemos de um decreto do governador passando o prédio e todas as dependências para o Depen, inclusive os presos ”, disse Garcia. 
TRANSFERÊNCIA
O chefe do Depen também anunciou a transferência da carceragem feminina de Ivaiporã, que tem 25 detentas para Londrina. “Quinta-feira nós vamos inaugurar uma nova ala com 100 vagas na Cadeia Pública Feminina de Londrina. Lá temos uma fábrica de confecção, uma sala multifuncional para fazerem projetos, artesanato e ganharem redução de pena. Um lugar mais dignos para cumprirem as penas”.