OPINIÃO

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Saneamento básico deve ser prioridade no país

Da Redação

| Edição de 22 de setembro de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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A região avançou muito nos últimos anos na questão do saneamento básico. A maioria dos municípios tem hoje alto índice de água tratada e também vem progredindo no tratamento de esgoto. No entanto, é preciso ainda melhorar os indicadores, principalmente na questão do esgoto.

Levantamento divulgado nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que 15 de 27 cidades da região (Vale do Ivaí + Arapongas) já finalizaram seus Planos Municipais de Saneamento Básico até 2017. 
A elaboração do plano de gestão dos sistemas de saneamento básico é uma condição para que os municípios tenham acesso a recursos federais para desenvolvimento de suas ações e novas obras. O documento traz diagnóstico, objetivos e metas de universalização, entre outros conteúdos.
Até pouco tempo atrás apenas Apucarana, na região, tinha índices positivos em saneamento básico. No entanto, a Sanepar vem investindo maciçamente nos últimos anos em outras cidades, principalmente em esgoto, elevando os índices em muitos municípios, como é o caso de Ivaiporã, Jandaia do Sul e Ivaiporã. Foram cerca de R$ 1 bilhão em investimentos feitos pela empresa nos municípios da região de 2011 a 2018. 
Se por um lado houve avanço, por outro, preocupa a falta de planos de saneamento em muitos municípios da região. Da mesma fora, a ausência de Políticas Municipais de Saneamento Básico também é motivo de alerta. Esses documentos são fundamentais para planejar a universalização do saneamento básico dos municípios.
Levar água potável e tratamento de esgoto deve ser uma missão dos gestores públicos. O saneamento traz melhoria da qualidade de vidas das pessoas, sobretudo na saúde infantil com redução da mortalidade infantil, melhorias na educação, na expansão do turismo, na valorização dos imóveis, na renda do trabalhador, na despoluição dos rios e preservação dos recursos hídricos, etc.
Enfim, investir em tratamento de esgoto e água potável é fundamental em várias áreas, mas principalmente na saúde. Segundo o Ministério da Saúde, as internações hospitalares de pacientes no Sistema Único de Saúde (SUS), por doenças causadas pela falta de saneamento básico e acesso à água de qualidade, ao longo de 2017, geraram um custo de R$ 100 milhões no país. Ao todo, foram 263,4 mil internações. 
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cada dólar investido em água e saneamento resultaria em uma economia de US$ 4,3 em custos de saúde no mundo.
Portanto, o saneamento básico deve ser prioridade na gestão pública. São obras, muitas vezes, que não dão visibilidade política, mas garantem transformações reais na vida das pessoas. E isso deve ser sempre o mais importante.