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Sem rotativo, falta de vagas complica trânsito

Renan Vallim

| Edição de 09 de janeiro de 2017 | Atualizado em 09 de janeiro de 2017

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O fim do contrato emergencial entre a Prefeitura de Apucarana e a empresa Explora Parking deixou a cidade sem estacionamento rotativo. Sem fiscalização, a falta de vagas no anel central, problema crônico na cidade, só tem aumentado nos últimos dias e faz com que a administração municipal apresse o processo para abrir o concurso que irá contratar os agentes municipais de trânsito. A publicação do edital deve ser feita no máximo até a próxima semana, de acordo com o Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan). Contudo, na hipótese mais favorável, o serviço não será retomado antes de março.

Imagem ilustrativa da imagem Sem rotativo, falta de vagas complica trânsito

O contrato com a Explora Parking foi encerrado no último dia 23 de dezembro e não foi renovado, tendo em vista que a Prefeitura já havia sinalizado que iria assumir o serviço. O Idepplan, juntamente com o setor de Recursos Humanos da Prefeitura, elabora o edital do concurso que visa contratar, entre outros cargos, em torno de 12 agentes de trânsito.
De acordo com o superintendente do instituto, Carlos Mendes, a tendência é de que o serviço melhore com a municipalização do sistema. “Com a prefeitura assumindo, o foco será todo voltado para a qualidade do serviço. Assim que assumirmos, iremos refazer a pintura das vagas de estacionamento em pontos específicos e também a troca e melhora do posicionamento das placas indicativas de vagas especiais, para que não haja confusão entre os motoristas”, destaca. Apucarana tem cerca de 1,2 mil vagas de estacionamento regulamentadas no rotativo.
Mendes explica ainda que é necessária a criação do agente de trânsito como forma de melhorar a efetividade da fiscalização.
“Teremos os agentes de trânsito nas ruas da cidade, da mesma forma como é hoje. A diferença é que os agentes terão poder para lavrar as multas, caso haja alguma desconformidade. Isso deve fazer com que os motoristas respeitem mais os agentes, o que não acontece tanto hoje em dia”, afirma Mendes.
Segundo ele, a reta final do contrato emergencial com a Explora Parking coincidiu com o período eleitoral, o que impossibilitou o planejamento para a contratação de novos servidores.
“Entendemos que o movimento de veículos deve ficar mais intenso no centro, à medida que as vagas para estacionamento se tornem mais raras em razão da suspensão do rotativo. Infelizmente as pessoas precisam se adaptar a isso, pois dependemos do concurso. Estamos trabalhando o mais rápido possível para que o impacto seja o menor possível. Estamos finalizando o documento e queremos publicá-lo ainda nessa nesta semana ou, no mais tardar, na próxima semana”, diz.
A partir da publicação do edital, com abertura das inscrições, a legislação exige um período mínimo de um mês até a realização das provas. Contabilizando prazos de recurso, chamamento e posse dos aprovados, e treinamento de pessoal o serviço não deve ser retomado antes de março.

Usuários pedem retorno do serviço
De acordo com motoristas, encontrar uma vaga no centro da cidade ficou mais difícil. “Precisei procurar muito para conseguir estacionar. Com o estacionamento rotativo, era necessário pagar, mas pelo menos as pessoas ficavam um certo período e saíam. Agora, muitos estacionam e ficam com o carro lá o dia todo. Espero que o serviço retorne logo”, disse a chapeira Renata Oliveira Moreira.
Já o operador de máquina Maurílio Manoel Pires não conseguiu estacionar na Praça Rui Barbosa e precisou deixar o veículo em um estacionamento privado, a cerca de 500 metros de onde precisava ir. “Andar um pouco não é problema, mas deixar tão longe assim é complicado. Andar nesse sol quente e ainda com filho pequeno não é fácil. Com o rotativo, achar vaga não era tão difícil”, relata.