CIDADES

min de leitura - #

Transporte de gás é discutido em Apucarana

Aline Andrade

| Edição de 10 de julho de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

Fique por dentro do que acontece em Apucarana, Arapongas e região, assine a Tribuna do Norte.


A prefeitura de Apucarana, através do Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan), promove uma reunião hoje à noite com os 36 donos de revendas de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) cadastrados no município para tratar sobre o transporte do produto na cidade. 


De acordo com o superintendente do Idepplan, Carlos Mendes, a reunião foi marcada a pedido do Ministério Público (MP). “Fomos oficiados pelo MP para reunirmos os comerciantes que fazem o transporte de GLP na cidade e explicarmos a legislação de trânsito vigente, tirarmos dúvidas e fazermos as orientações necessárias para o transporte correto da carga. Eles também serão ouvidos e, após a reunião, deverão ser definidos pelo MP prazos de adequação para os comerciantes”, explicou. 
De acordo com a Promotoria, a solicitação informando irregularidades do transporte do gás em Apucarana foi feita pelo Sindicato das Empresas de Atacado e Varejo de Gás Liquefeito de Petróleo (Sinegás) de Maringá, que representa a região. 
De acordo com proprietários de revendas de gás em Apucarana que preferiram não se identificar, as alterações para o transporte do gás de cozinha vão refletir diretamente no preço do produto. Hoje em Apucarana, a média de preços do botijão de gás é de R$ 60. Com a necessidade de realizar investimentos, o preço pode chegar a até R$ 80. “Tem uma Lei Federal que prevê que motocicletas não podem transportar o gás, a não ser com o semirreboque, a carretinha. Uma outra opção seria o uso de caminhonetes, mas isso eleva demais nosso custo, e nós já trabalhamos no limite da margem de lucro. Se eu tiver que comprar uma caminhonete para transportar, eu fecho as portas”, afirma um dos revendedores. 
Ainda de acordo com os revendedores, existem várias outras situações que necessitam de fiscalização na cidade, que eles consideram mais graves, como revendas clandestinas e vendas realizadas em mercados, o que é proibido. “Não queremos trabalhar na irregularidade, mas precisamos ser ouvidos também”, disse outro revendedor que preferiu não se identificar. 
Em março deste ano, prefeitura e corpo de bombeiros realizaram uma fiscalização em todos os estabelecimentos revendedores de gás em Apucarana. A operação também atendeu solicitação do Sinegás e determinação do Ministério Público, assim como acontece agora. O balanço da operação realizada não foi divulgado.