O aumento no número de mortes no trânsito de Apucarana e Arapongas em 2018 serve de alerta para motoristas e também para as autoridades. É preciso buscar permanentemente maneiras de reduzir os óbitos com ações de conscientização e também com investimentos em melhorias viárias.
Segundo dados da Polícia Militar (PM), publicado nesta semana pela Tribuna, o número de acidentes caiu. Foram 1.817 no total nas duas cidades contra 1.834 em 2017, uma queda de 1%. Por outro lado, as colisões foram mais violentas e geraram mais mortes. Apucarana e Arapongas registraram 21 óbitos em 2018 contra 17 no ano anterior, uma alta de 23,5%. O número de feridos também aumentou nos dois municípios: 1.021 contra 929, um aumento na casa de 10%.
Esses números preocupam e exigem uma reflexão das autoridades e dos motoristas. É preciso ampliar as campanhas educativas no trânsito e também aumentar as fiscalizações, principalmente para coibir o consumo de bebidas alcoólicas também as infrações, principalmente o excesso de velocidade e as ultrapassagens em local proibido.
O número de motoristas vem crescendo anualmente em Apucarana. As duas cidades têm hoje uma frota superior a 160 mil veículos, segundo dados do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR). Esse contingente grande de veículos também precisa ser analisado, principalmente no que tange às intervenções na engenharia de trânsito.
No entanto, cabe ao motorista, principalmente, a missão de mudar esse quadro. A maioria dos acidentes está relacionada diretamente à imprudência e ao desrespeito à legislação e às regras de convivência.
É inaceitável que tantas pessoas continuem agindo dessa maneira ao volante, colocando sua vida e de terceiros em perigo. Enquanto não houver conscientização, dificilmente esse triste panorama brasileiro será alterado.
É preciso, portanto, unir esforços nessa luta diária contra a violência no trânsito. Inúmeras tragédias, que trazem tanto sofrimento e poderiam ser evitadas com respeito e, principalmente, educação.