OPINIÃO

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Segurança pública é pauta para os estados e a união

Da redação

| Edição de 20 de fevereiro de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Uma reunião realizada anteontem na sede do governo paulista, entre os governadores Ratinho Junior e João Doria Junior acertou termos de um projeto executivo conjunto entre os estados de São Paulo e Paraná referente a segurança pública.
O objetivo é criar um protocolo conjunto de vigilância de fronteiras com vista ao combate ao crime organizado nos dois estados. Paraná e São Paulo têm uma extensão de divisas de mais de 900 km. A meta é fomentar a parceria entre as forças de segurança dos dois estados para planejar e executar políticas de segurança pública com foco em crimes de fronteira.
Além de fazer divisa com três estados (São Paulo, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina), o Paraná tem 450 quilômetros de fronteira seca e aquática com a Argentina e o Paraguai, o que torna o estado rota obrigatória de contrabando e tráfico de drogas, a última, principal atividade que sustenta o crime organizado incluindo as facções criminosas paulistas.
A questão de segurança no Paraná e em qualquer estado, na verdade, não se restringe aos seus limites territoriais. Criar ações conjuntas com estados vizinhos – o governador já anunciou que pretende discutir o assunto também com os governos de Mato Grosso do Sul e Santa Catarina – é um passo importante para dar maior efetividade ao combate ao crime.
A tríplice fronteira no território do Paraná há tempos merece uma maior atenção dentro das políticas públicas de segurança. A implantação do Batalhão de Polícia de Fronteira, em 2012, unidade sediada em Marechal Cândido Rondon, foi o primeiro passo para a adoção de um projeto de prevenção do crime organizado. É preciso, entretanto, ir além.
A proposta em formatação para ação conjunta entre São Paulo e Paraná é, além de promover a integração entre as forças estaduais, apostar em tecnologia para aumentar a eficiência no combate ao crime. Essa visão é um avanço na área de segurança pública e uma aposta importante para o futuro. A cooperação entre os estados, inclusive, deveria ser uma diretriz adotada pelo próprio governo federal, que sempre foi omisso em relação a questões relacionadas ao crime organizado, deixando para os estados praticamente toda a responsabilidade de atuar na área. Espera-se que com a atenção que o atual governo federal tem dado ao assunto essa realidade venha a mudar.