POLÍTICA

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​ Ministério do Trabalho será incorporado a outra pasta

Folhapress

| Edição de 07 de novembro de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou ontem que o Ministério do Trabalho será extinto. "O Ministério do Trabalho vai ser incorporado a algum ministério", disse, sem dar mais detalhes. A declaração foi dada após almoço no STJ (Superior Tribunal de Justiça) com o presidente da corte, João Otávio de Noronha.

Há alternativas em avaliação  pela equipe do novo governo para que a condução dos temas ligados à área do emprego e renda ocorra de forma mais eficiente do que concentrada numa única pasta. Uma delas é associar a área a algum órgão ligado à Presidência da República.
Entre as alternativas em discussão está fatiar as diferentes áreas, transferindo, por exemplo, a gestão da concessão de benefícios para órgãos ligados ao campo social e a gestão da política de trabalho e renda para o novo Ministério da Economia ou para um órgão dedicado às questões de produtividade, um dos temas considerados prioritários na equipe do futuro ministro Paulo Guedes.
O general Augusto Heleno e o juiz Sergio Moro, anunciado como ministro da Justiça, também participaram do evento.
Bolsonaro confirmou que o general Augusto Heleno vai para o GSI (Gabinete de Segurança Institucional), e não para o Ministério da Defesa, como anteriormente previsto.

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"Houve uma evolução. Estou indo para a GSI, é tão importante quanto a Defesa. Foi uma opção do presidente, que é quem decide atualmente as nossas posições no governo. Estou muito honrado simplesmente pelo fato de ser ministro do governo", disse Augusto Heleno.
Bolsonaro confirmou que o Ministério da Segurança Pública vai se fundir com o da Justiça. O objetivo, afirmou, é que o futuro ministro, Sergio Moro, tenha mais ferramentas para combater a corrupção e a lavagem de dinheiro.
Questionado se serão 17 ministérios, disse que "é um bom número". Sobre o Ministério da Agricultura, disse que "o setor produtivo reviu sua posição e à princípio serão dois ministérios". A pasta será comandada pelo deputada Tereza Cristina (DEM-MS). Com isso, o governo seguirá com o Ministério do Meio Ambiente. 

COM TEMER
O presidente Michel Temer afirmou ontem ter convidado Jair Bolsonaro para viajar com ele para a reunião do G-20, no fim de novembro, na Argentina.
Ele disse ter convidado Bolsonaro para fazer as viagens internacionais ainda durante o período de transição. Os dois tiveram um primeiro encontro no Palácio do Planalto em uma reunião que marca o início oficial da transição.
Após o encontro que durou menos de uma hora, os dois fizeram um breve discurso em tom de agradecimento mútuo. Bolsonaro disse que seguirá em contato com Temer durante a transição e que o diálogo será mantido mesmo depois de assumir o cargo, em 1° de janeiro de 2019.

Devido a cirurgia, TSE vai antecipar diplomação 
A presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministra Rosa Weber, informou ontem que a diplomação do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), deverá ser no dia 10 ou 11 de dezembro, conforme escolha dele.
Inicialmente, o TSE previa diplomar o presidente eleito em 19 de dezembro -último dia para a realização de diplomações, segundo o calendário eleitoral. No entanto, há previsão de que Bolsonaro passe por uma cirurgia a partir do dia 12 de dezembro para a retirada da bolsa de colostomia que vem usando em decorrência da facada que levou em setembro.
Segundo Rosa, o TSE deverá antecipar o julgamento das contas da campanha de Bolsonaro, que precisa ser concluído antes da diplomação. A data final para a corte analisar as contas dos candidatos eleitos, pelo calendário eleitoral, é 15 de dezembro.
A cirurgia de dezembro será a terceira a que Bolsonaro será submetido desde que sofreu um ataque a faca durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG), em 6 de setembro.
O procedimento para retirar a bolsa de colostomia deverá ser realizado no hospital Albert Einstein, em São Paulo, para onde Bolsonaro foi transferido depois de receber cuidados em Juiz de Fora