Um grande número de pessoas compareceu ao Cartório Eleitoral de Apucarana, ontem, último dia para regularização de título de eleitor, emissão de novo e transferência de domicílio. Durante todo o dia o fórum registrou grande movimento de eleitores, assim como ocorreu na segunda-feira e terça, quando teve início o funcionamento de horário especial, das 9 às 19 horas, para atendimento aos retardatários.
Na segunda e na terça a média de atendimentos foi de 350 pessoas por dia, contra 60 a 70 que vinha sendo registrada nas últimas semanas. No final do expediente, ontem, o cartório distribuiu senhas até as 19 horas, horário de fechamento, para quem estava na fila.
O Cartório Eleitoral da 28ª Zona Eleitoral de Apucarana atende os municípios de Apucarana, Cambira e Novo Itacolomi. Segundo a chefe da unidade, Andrea Silva Milanin, a partir de hoje até final do segundo turno das eleições de outubro não será feito nenhum cadastro eleitoral. O fórum vai se dedicar apenas ao processo das eleições marcadas para o dia 7 de outubro, quando serão eleitos presidente, governador, senadores e deputados federais e estaduais.
“Não faltou aviso. O cartório alertou com antecedência para o prazo de cadastramento eleitoral. No entanto, muita gente não aproveitou esta oportunidade”, assinala Andrea.
Até o último final de semana, havia em Apucarana 15,1 mil títulos cancelados, principalmente daqueles que não fizeram a biometria em 2015 ou que não votaram nas três últimas eleições. Em Cambira, o número de cancelamentos era 2.556 e em Novo Itacolomi, 252.
Quem tem o título eleitoral cancelado por algum motivo ou outro, por exemplo, não poderá votar nas eleições deste ano. Da mesma forma estará sujeito a uma série de sanções, como não obter passaporte, não participar de concurso público, não se matricular em estabelecimentos de ensino público e não obter financiamento em bancos e outras instituições financeiras governamentais.
CORRERIA
A correria dos retardatários foi grande ontem no Cartório Eleitoral de Apucarana. O empresário Rosinaldo Aparecido da Silva, por exemplo, dono de uma empresa de turismo, foi ontem à tarde ao cartório juntamente com a esposa e filha. Eles foram transferir seus títulos de eleitor de Rio Bom para Apucarana, onde a família está morando atualmente.
Ele diz que poderia ter feito isso com muita antecedência e tinha tempo para isso. “Foi relaxo mesmo, a gente sempre deixa para a última hora”, reconhece Rosinaldo, que conseguiu fazer a transferência.
A dona de casa Marlene Vicentin veio de Araraquara, onde está morando atualmente, para regularizar seu título de eleitor que está cancelado. Ela mudou-se para aquela cidade paulista em 2014, porém não transferiu o título e nem retornou para fazer a biometria e teve seu documento cancelado.
Dona Marlene veio visitar parentes em Apucarana e, ao mesmo tempo, regularizar seu título. “Cancelado não pode ficar”, afirma.
A jovem Taila Marian Rosa Sousa da Cunha, 18 anos, foi ao cartório ontem para tirar o primeiro título de eleitor. “Eu não estava sabendo que hoje (ontem) era o último dia de prazo”, justificou Taila, que não pretende deixar de votar no pleito deste ano.