POLÍTICA

min de leitura - #

Demora na análise de projeto gera discussão entre vereadores

Edison Costa

| Edição de 13 de agosto de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

Fique por dentro do que acontece em Apucarana, Arapongas e região, assine a Tribuna do Norte.

O clima esteve tenso na sessão ordinária da Câmara de Apucarana, realizada ontem à tarde. Os vereadores Lucas Leugi (Rede) e Mauro Bertoli (DEM) acabaram discutindo asperamente por causa de projetos de lei que são analisados nas comissões e, algumas vezes, demoram para chegar ao plenário para votação.

Imagem ilustrativa da imagem Demora na análise de projeto gera discussão entre vereadores


A reclamação partiu de Lucas Leugi que, ao usar da tribuna do Legislativo no pequeno expediente, sem citar nome acusou determinado membro de uma comissão de retardar o envio a plenário do projeto de lei de autoria sua e do vereador Marcos da Vila Reis (PSD), que cria o programa Creche do Idoso em Apucarana. A creche seria um local onde as famílias poderiam deixar seus idosos durante todo o dia, recebendo toda atenção especial por parte do Município, enquanto estão trabalhando.
Lucas Leugi reclamou que, mesmo tendo pareceres favoráveis do jurídico para sua livre tramitação e também das comissões, o projeto continua parado numa das comissões. Segundo ele, se o projeto já tem pareceres favoráveis não tem como vereador ficar segurando na comissão. Ele insinuou, inclusive, que este vereador estaria contra a proposta e tramando sua desaprovação em ambiente fora do Legislativo. “O projeto pode não ser bom para fazendeiro, para latifundiário, mas é bom para as famílias carentes”, declarou.
O vereador Mauro Bertoli, que é produtor rural, se sentiu ofendido, já que o projeto de lei ainda tramita na Comissão de Finanças, Economia e Orçamento, da qual ele faz parte e é o presidente. Bertoli afirmou que não é contra o projeto que trata da creche do idoso. Segundo ele, a comissão está apenas analisando melhor e com cautela a matéria, uma vez que ela pode ser inconstitucional. Conforme avalia, a Câmara não pode votar projeto de lei que cria despesas para o Executivo. “Não podemos aprovar projeto de lei aqui e lá na frente o prefeito vetar”, disse Bertoli, assinalando que isso acontecendo fica ruim para a Câmara, que acaba caindo no descrédito.
Bertoli disse ainda que o projeto está tramitando dentro do prazo legal e pediu mais respeito de Leugi com os vereadores. “Eu exijo respeito aqui na Câmara e enquanto estiver na comissão”, declarou.
O vereador Marcos da Vila Reis, que é um dos autores do projeto, preferiu acreditar que o projeto está sendo melhor analisado pela comissão para depois ser encaminhado ao plenário. Já o vereador Franciley Preto Godói Poim (PSB) defendeu que os projetos sejam discutidos sem ofensas um ao outro. “Nós vereadores estamos aqui de passagem representando a comunidade e nossa missão é fazer o bem para o povo”, disse.
O presidente da Câmara, Luciano Molina (Rede), manteve o controle das discussões abrindo espaço para Lucas Leugi e Mauro Bertoli exporem suas ideias.

PROPOSTAS
Na sessão de ontem, pela segunda vez com votação eletrônica, a Câmara aprovou quatro matérias. Foram aprovados dois projetos de lei de Lucas Leugi, um que concede a Comenda Cidade Alta de Mérito Profissional ao empresário Luiz Hirose e outro que concede título de Cidadão Honorário ao médico José Marcos Lavrador. Um terceiro projeto seu foi retirado de pauta por uma semana.
O vereador Marcos da Vila Reis teve dois requerimentos aprovados, ambos direcionados ao DER solicitando melhorias na rodovia BR-376, sendo ponto de ônibus e travessia de pedestres em frente a Unifrango e Jardim Curitiba, respectivamente.