O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou ontem não ter visto com tanto “pessimismo” o discurso em que Michel Temer admite uma possível derrota na aprovação da reforma da Previdência e, ao mesmo tempo, tenta transferir o ônus desse fracasso para o Congresso.
Um dia após a fala de Temer em reunião no Palácio do Planalto, Maia disse que a situação da base “é muito difícil” depois da votação que barrou a segunda denúncia contra o presidente e que o governo precisa fazer o último esforço para que avancem as mudanças na aposentadoria.
“Não interpretei desse jeito tão pessimista”, disse o presidente da Câmara ao ser perguntado por jornalistas sobre a possibilidade de Temer ter jogado a toalha quanto à aprovação da reforma.
“A base está muito machucada pós-denúncia. Quem votou com Temer teve uma atitude muito corajosa, então não dá para cobrar nada nesse momento. O governo precisa chamar seus líderes, os presidentes dos partidos, individualmente, e tentar mais uma conversa mostrando qual o impacto da não realização da reforma já em 2018”, completou Maia.
A reforma da Previdência, pouco palatável aos parlamentares às vésperas de um ano eleitoral, tornou-se mais um dos temas para a disputa entre o deputado e Temer na condução da agenda econômica do País.
Ambos querem acenar ao mercado -um dois principais pilares de sustentação do governo e que cobra a aprovação da medida-, mas nenhum quer arcar sozinho com a culpa pelo eventual fracasso.
“Esse é um tema de governo, e é por isso que é preciso reorganizar o governo. A Câmara, sozinha, não consegue tocar essa pauta”, disse Maia.
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