POLÍTICA

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Ministros começam a deixar o governo na segunda-feira

Folhapress

| Edição de 22 de março de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O presidente Michel Temer (MDB) começará na próxima semana a reforma ministerial com mudanças nos comandos de Saúde e de Transportes. O que ficou combinado com o Palácio do Planalto é de que Ricardo Barros, do PP, deixará a pasta na segunda-feira (26) e que Maurício Quintella, do PR, sairá na quarta-feira (28) ou quinta-feira (29).
Os dois deixarão os cargos para serem candidatos nas eleições deste ano. Quintella tentará uma vaga ao Senado por Alagoas. Barros quer se reeleger ao cargo de deputado federal pelo Paraná, onde sua mulher, Cida Borghetti, concorrerá ao governo do Estado. No total, pelo menos onze ministros deixarão seus postos para participar da disputa eleitoral. Pelas regras eleitorais, ocupantes de cargos no executivo que não estejam disputando reeleição devem se desincompatibilizar até 7 de abril. Como cada um solicitou uma data diferente, as trocas serão feitas uma a uma, sem um anúncio geral.
O presidente manterá Saúde e Transportes sobre o controle do PP e do PR, em uma tentativa de amarrar o apoio deles à candidatura presidencial do MDB. Para o lugar de Barros, pode ser nomeado o secretário de Ciência e Tecnologia da pasta, Marcos Fireman. Ele foi apontado em delação premiada como operador de propina da Odebrecht que teria sido repassada ao ex-governador Teotônio Vilela (PSDB).
Em Transportes, há três cotados, todos figuraram no noticiário recente por causa de denúncias. O ex-deputado federal Bernardo Santana (MG) apareceu em uma lista de contribuições ilegais da Odebrecht. O senador Wellington Fagundes (MT) depôs à Polícia Federal no inquérito que investiga se um decreto assinado por Temer beneficiou empresas da área de portos. E a ex-vice-presidente da Caixa, Deusdina dos Reis Pereira, é investigada por tráfico de influência.