POLÍTICA

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Prefeito afastado alega perseguição política em Ariranha do Ivaí

DA REDAÇÃO

| Edição de 08 de agosto de 2020 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O município de Ariranha do Ivaí amanheceu nesta sexta-feira (7) com novo chefe do Executivo. O vice-prefeito Carlos Bandiera de Matos (PSD) foi empossado pela Câmara de Vereadores, depois da cassação do prefeito Augusto Cicato (PT) por Comissão Processante formada pelo Legislativo.

“Estive na prefeitura logo cedo na sexta-feira e marcamos uma reunião para segunda-feira com a equipe de governo, porque está complicada a situação”, comenta o novo prefeito.
Ele reconhece o objeto das denúncias contra Cicato. “Pelo que vi na prefeitura, têm vários casos envolvendo o Ministério Público que não foram sequer respondidos”, ressalta.
Carlos comenta que pediu apuração junto a Promotoria do que está pendente para que sejam atendidos os ofícios da justiça. O novo prefeito avalia ainda trocar parte da equipe de governo.

VEREADORES DECIDIRAM
A Câmara de Vereadores de Ariranha do Ivaí se reuniu na quinta-feira (6) para Sessão Plenária com a Comissão Processante. “Diante dos fatos e das provas documentais e das testemunhas, a comissão deu parecer favorável à cassação”, disse o vereador Geibison Silva de Matos, um dos integrantes da comissão.
Cicato foi convidado a se defender nas sessões, mas de acordo com a comissão, ele não compareceu, nem respondeu. “A não ser que a Justiça entenda que houve erro regimental durante a sessão, a decisão está tomada”, diz.
Augusto Cicato é acusado de não ter pago a compra de medicamentos em uma farmácia da cidade no valor de R$ 40 mil, após vencimento de contrato. A denúncia de prática de ilícito político-administrativo foi feita pelo ex-prefeito Silvio Gabriel Petrassi.
“União política contra a administração. Não teve dolo da minha parte”, rebateu Cicato. Segundo ele, a questão foi politizada a partir de compras realizadas e pagas sem que ele próprio soubesse ou fossem autorizadas pela sua gestão. “O secretário de Saúde fez a compra e estava pagando do próprio bolso, sem meu conhecimento, e me acusam de não ter prestado atenção a isso. Não teve apropriação de nada, nem um real sequer envolvido”, discorda ele, que afirmou também que entrará na Justiça para reaver o cargo. (CEZAR NEVES)