O prefeito eleito de Mauá da Serra, Hermes Wicthoff (PTB), que vai comandar o município pela terceira vez, diz que pretende adotar um modelo de administração que possa estar mais presente no meio da comunidade. “Não adianta ficar tomando decisões só dentro do gabinete. É preciso que a administração municipal esteja presente no meio do povo para sentir realmente seus problemas e necessidades”, declara.
Segundo Hermes, uma das ações para que isso aconteça será o deslocamento da estrutura administrativa da Prefeitura pelo menos uma vez por mês para determinado bairro ou região do município. Nessas ocasiões a Prefeitura irá para os bairros com máquinas, caminhões, equipes de saúde e demais secretarias de apoio para atender os moradores de forma direta.
Nas descentralizações de governo serão executadas diversas ações, como roçagem de matagais, limpeza de bueiros, recuperação de ruas, assistência de saúde e reuniões com os moradores para ouvir suas reivindicações e sugestões.
“Político que não faz nada cai no descrédito da população e não é isso que queremos. “O que queremos é estar no meio dos moradores, sentindo seus anseios e verificando o que o bairro ou a cidade precisa”, afirma.
CAMPANHA
Hermes Wicthoff foi eleito no pleito de 2 de outubro com 3.097 votos, tendo como vice Tânia Cristina de Macedo (PTB).
Seu principal adversário, o atual prefeito Nicolau Muniz Júnior (PSC), somou 2.519, porém seus votos ainda são considerados nulos pela Justiça Eleitoral, porque que ele concorreu com o registro de sua candidatura indeferido e aguarda julgamento de recurso. O terceiro colocado foi Agileu Ventura da Silva (PTC), que somou 193 votos.
Hermes foi prefeito de Mauá da Serra por duas vezes consecutivas, de 2005 a 2008 e de 2009 a 2012. A campanha eleitoral deste ano, conforme avalia, foi bastante complicada. “Sofri muitos ataques e até hoje os nervos continuam na flor da pele. Mas fizemos uma campanha de propostas e o resultado foi a vitória nas urnas”, comenta.
PROPOSTAS
Nesta sua terceira passagem no comando da administração municipal, Hermes Wicthoff considera que será um período muito difícil em função da crise econômica e política do País. Mas acha que será possível superar os obstáculos.
“A gente já sabe que vai pegar uma prefeitura também em situação difícil, com uma grande dívida. Só o ICMS ecológico da RPPN que a Prefeitura não repassou ao proprietário da Fazenda Monte Sinai nos últimos anos atinge R$ 3 milhões e ele já ganhou a causa na Justiça”, observa Hermes, informando que há outros débitos a pagar.
Entre suas principais propostas de governo, o prefeito eleito cita melhoria no atendimento de saúde com a retomada das parcerias com o Hospital da Providência de Apucarana e Hospital João de Freitas de Arapongas para consultas de alta complexidade e internações; ampliação do parque industrial para instalação de novas empresas; e aquisição de uma máquina recapadora com rolo de pneus para o serviço de recape asfáltico pelo sistema CBUQ.
Com a chegada da duplicação da rodovia BR-376, que corta o município, Hemes assinala que ficará atento no sentido de que a cidade seja contemplada pela concessionária Rodonorte e pelo DER com novos acessos e tráfego seguro na área urbana.