POLÍTICA

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Vereadores temem fim do ensino médio noturno no estado

EDISON COSTA

| Edição de 26 de novembro de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Durante sessão ordinária ontem à tarde, vereadores de Apucarana manifestaram-se preocupados com a possibilidade de fim do ensino médio noturno nas escolas estaduais, conforme anúncio feito na semana passada pela Secretaria de Estado da Educação. Pela proposta inicial, a partir do ano letivo de 2020 deverá ser feito um remanejamento de vagas do ensino médio noturno para o diurno, começando pelas turmas do primeiro ano.

Um dos motivos alegados pelo governo do Estado é que está havendo muita evasão escolar no período noturno. Segundo o Estado, em 2018, a taxa de evasão foi de 3,6% para alunos do período diurno, e 17,6% nas turmas da noite. Além disso, houve uma redução drástica do número de matrículas à noite, em torno de 102 mil no ano passado.
Para o vereador Lucas Ortiz Leugi (Rede), o governo do Estado deveria dar mais condições para os jovens estudar à noite e não acabar com o ensino médio. “Acabar com o ensino médio noturno é acabar com as oportunidades de estudos dos jovens paranaenses”, afirmou. Para Lucas Leugi, o secretário estadual da Educação, Renato Feder, que conforme assinala veio de outro Estado, não conhece a realidade do interior do Paraná.
O presidente da Câmara, professor Luciano Molina (Rede), também criticou a proposta de se acabar com o ensino médio noturno. “Apucarana ainda tem o CEEBJA (Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos), mas nas pequenas cidades isto não existe”, diz. Segundo ele, esses jovens que trabalham durante o dia no campo ou na cidade não vão conseguir estudar.
Outros vereadores também manifestaram preocupação com a possibilidade de fim do ensino médio noturno, entre eles o Professor Edson da Costa Freitas (Cidadania). Na sua opinião, é preciso ampliar as oportunidades para os jovens estudarem, principalmente para aqueles que trabalham para ajudar no sustento da família. (EDISON COSTA)