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Apreensão de drogas sintéticas aumenta pelo segundo ano seguido em Apucarana

Da redação

| Edição de 02 de janeiro de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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elo segundo ano consecutivo, as drogas sintéticas registraram os maiores crescimentos em quantidade de apreensões feitas pela Polícia Militar (PM) de Apucarana. O balanço preliminar de 2018, divulgado pelo 10º Batalhão de Polícia Militar (BPM) da cidade, tem como destaque um aumento de quase 1.200% no ecstasy apreendido em dois anos, além do acréscimo de 651% na quantidade de LSD no mesmo período.

Os dados, que compreendem o período entre 1º de janeiro e 18 de dezembro de 2018, mostram que as apreensões de LSD somaram 954 pontos, um aumento de 396% se comparado ao ano de 2017, quando foram apreendidos 192 pontos. O volume apreendido no ano passado já havia sido 51% maior do que os 127 pontos de 2016. Em dois anos, o volume apreendido da droga aumentou 651%.
A maior parte do LSD apreendido em 2018 ocorreu em uma operação realizada pela PM em fevereiro. Na ocasião, 802 pontos de LSD foram encontrados na casa de um homem de 33 anos, na Vila Formosa, região sul da cidade. A apreensão só foi possível após uma equipe da PM identificar o homem em atitude suspeita e, na abordagem, descobrir que havia um mandado de busca e apreensão contra ele.
“O que pesou para termos este aumento foi a grande frequência de operações realizadas na cidade, praticamente diárias, como os bloqueios policiais em determinados bairros da cidade, as chamadas ‘Operações Congelamento’, entre outras. As denúncias anônimas por parte da comunidade também foram fundamentais”, destaca o capitão Vilson Laurentino da Silva, responsável pela Comunicação Social do 10º BPM.
O volume apreendido de ecstasy, outra droga sintética, se manteve praticamente o mesmo em 2017 e 2018. No primeiro ano, foram encontrados pela PM 335 comprimidos da droga. Já neste ano, foram 304, redução de 9%. Em 2016, haviam sido retirados das ruas de Apucarana 26 comprimidos. Sendo assim, as apreensões da droga aumentaram quase 1.200% em dois anos.
Investigador da Polícia Civil do Paraná que atua na Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc) de Londrina, Hipólito Moratti explica que o tráfico de drogas sintéticas tem características específicas. 
“São substâncias mais encontradas junto a pessoas de classes média e alta, tanto em relação a quem consome quanto a quem vende. O consumo destas drogas é mais comum em festas, sobretudo de música eletrônica”, analisa.