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Entidades aprovam que Paraná suspenda vacinação contra aftosa

Da redação

| Edição de 13 de novembro de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Entidades ligadas à agricultura e pecuária do Estado  vem manifestando apoio integral ao movimento Paraná Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação. O movimento demanda o status do Paraná como estado livre de febre aftosa sem vacinação. 
Na última quinta-feira (09), o secretário de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, e o diretor de Defesa Agropecuária da Adapar, Adriano Riesemberg, estiveram em Ponta Grossa para falar dos benefícios em suspender a vacinação contra febre aftosa para a economia paranaense.
O Paraná, segundo proposta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), constituiria um bloco com os estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, com a previsão de obter o reconhecimento de área livre de febre aftosa em 2024. Mas o Paraná quer antecipar esta conquista para 2021.
Para o assessor da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Antonio Poloni, essa estratégia de erradicação da febre aftosa no Paraná, sem vacinação, traria uma economia de aproximadamente R$ 1,4 bilhão (valor presente) para um período de 20 anos, conforme estudo de Análise de Custos e Benefícios, encomenda pela instituição. Economia que viria com a valorização da carne, decorrente da conquista de mercados, suspensão da vacinação e outros custos.
Segundo o secretário Norberto Ortigara, pelo menos dois terços da carne suína produzida no Estado está fora do mercado mundial porque o Paraná ainda vacina o gado contra febre aftosa, considerado um instrumento arcaico em todo o mundo.
A vacinação pode e deve ser substituída pela vigilância na sanidade animal, com instrumentos que requerem mais tecnologia e estão integrados com o cenário atual, disse Ortigara.
O Paraná acordou auditoria junto ao Ministério da Agricultura, que é quem vai reconhecer se o estado pode ser considerado livre ou não de febre aftosa sem vacinação. Os resultados serão conhecidos a partir de janeiro, quando a auditoria já estiver concluída.
De acordo com o diretor-presidente da Adapar, Inácio Afonso Kroetz, essa auditoria tem o propósito de verificar a capacidade do serviço veterinário, suas fortalezas e vulnerabilidades e as ações que são críticas para o alcance do novo status.