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Gás tem novo reajuste e preço do botijão pode chegar a R$ 80

Vanuza Borges

| Edição de 11 de outubro de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O consumidor vai pagar mais caro pelo gás de cozinha. O reajuste, que deverá entrar em vigor a partir de hoje, é o segundo em menos de quinze dias. Com a alta, a sexta desde o início do ano, em Apucarana, o valor do botijão de 13 kg deve chegar, segundo revendedores consultados, a R$ 80 na entrega a domicílio. Para quem optar em retirar diretamente nas revendas, o preço é um pouco menor, R$ 75. Atualmente, o preço cobrado pelas revendedoras na cidade é de R$ 65, para retirar no local, e R$ 70 para a entregar na casa do consumidor. 

Imagem ilustrativa da imagem Gás tem novo reajuste e preço do botijão pode chegar a R$ 80


A alta de 12,09% anunciada pela Petrobras também vai alterar o preço em revendas de todos os municípios da região. Em Arapongas, atualmente o preço do botijão é R$ 70, tanto para retirar quanto para entregar a domicílio. Em contato  com as revendedoras, todas anteciparam que o valor do gás será reajustado assim que receberem os botijões com o novo preço. Com o repasse, o botijão deve chegar a R$ 80. Em Ivaiporã, a situação é semelhante e o reajuste vai representar uma alta de R$ 10 no valor do produto final ao consumidor.
O revendedor Alessandro de Souza, de Apucarana, observa que, com esta alta, o aumento do gás de cozinha chega a 55%. Os reajustes ocorreram em março (9,8%), junho (6,7%), julho (4,5%), agosto (6,9%), setembro (6,9%) e agora, outubro (12,9%). A Petrobras justifica que o porcentual de reajuste foi calculado de acordo com a nova política de preços da empresa que reflete, principalmente, a variação das cotações do produto no mercado internacional.
Souza garante que não tem como deixar de repassar o valor ao consumidor. “Não é só o valor do gás, o combustível usado no veículo para a entrega também tem aumentado”, diz. Por mês, ele gasta cerca de R$ 1mil em combustível. 
Outro revendedor,  Ivo Guerra, também afirma que não tem como segurar o reajuste. “Vamos ter que repassar o valor integral. Por isso, preferimos que o cliente venha retirar, porque conseguimos fazer um pouco mais barato. Não é vantagem sair fazer entrega, porque a gasolina está alta também”, diz.
Segundo Ivo, com as altas sucessivas, está cada vez mais difícil manter o negócio funcionando. “Antes, eu tinha quatro funcionários. Atualmente, eu tenho apenas um entregador, porque o custo está ficando muito alto”, frisa.
Celso Gardina, também dono de um depósito de gás, destaca que as altas frequentes têm assustado os consumidores. “Nos anos anteriores houve apenas uma alta, mas neste, com seis reajustes, está judiando muito da população. As minhas vendas caíram 25% nos últimos meses, porque as pessoas têm evitado gastar muito gás ou assar um prato diferente do domingo”, avalia.